Portugal vai entrar num novo ciclo político dentro de poucos meses. Depois do Verão haverá mudança de Governo (seja na cor partidária ou nos protagonistas) com as eleições legislativas. E no início de 2016 será a vez de os portugueses escolherem um novo inquilino para o Palácio de Belém. Se no primeiro caso os dados estão lançados, com o PS na dianteira das sondagens perante a oposição da quase certa coligação PSD/ CDS (actualmente em funções), no segundo caso são ainda muitas as dúvidas. À Direita como à Esquerda tem-se sucedido o “desfile” de prováveis candidatos, mas certezas só uma: a de que o próximo Presidente da República terá de ter um perfil em tudo distinto de Cavaco Silva!
É à luz desta linha de raciocínio que ganham peso os argumentos trocados esta semana, durante um debate em torno da memória de Sá Carneiro, por Pedro Santana Lopes e Carvalho da Silva, dois eventuais candidatos presidenciais. O primeiro, de Direita, considera que o sucessor de Cavaco terá de ser “proactivo e próximo dos cidadãos”, alguém que esteja “acima dos poderes do Estado” e perceba que o tempo do Presidente sentado no seu lugar “já passou”. Para o segundo, de Esquerda, o futuro Presidente da República “tem obrigação de interpretar o seu papel, envolver o cidadãos” e “romper com o passado”, no sentido de “ser capaz de responder aos anseios do povo”.
Em suma, tanto a Direita como a Esquerda assumem que o próximo Presidente terá de ser muito diferente do actual. Mais interventivo e menos permissivo. Com ideias sobre o país e menos disponível para diálogos mudos. Capaz de dizer “não” e hábil na criação de pontes políticas. Ciente daquilo que é o melhor para o povo e não apenas para o seu partido. É o mínimo que se exige perante tão grandes desafios que colocam ao nosso futuro imediato.

Almovimento retoma atividade a 3 de maio
A associação Almovimento, com sede em Almodôvar, retoma no próximo dia 3 de maio a atividade da sua Escola de Dança, assim como das aulas