O futuro da somincor

Sexta-feira, 19 Julho, 2024

Carlos Pinto

JORNALISTA | DIRECTOR DO "CA"

Há largos meses que se fala, em conversas de café ou noutros fóruns mais ou menos informais, de uma possível venda da Somincor, concessionária da mina de Neves-Corvo e atualmente propriedade do grupo seuco-canadiano Lundin Mining. Em setembro de 2022, o assunto chegou a ser manchete do “CA”, depois da agência Bloomberg ter publicado uma notícia sobre a possível alienação da mina baixo-alentejana por cerca de 1.000 milhões de euros.
Quase dois anos, o assuntou voltou à atualidade mediática, com a Somincor a confirmar oficialmente “a existência de contactos exploratórios de empresas interessadas na aquisição da operação mineira em Portugal”.
A empresa referiu ainda que “as manifestações de interesse registadas decorrem da relevância internacional da operação da Somincor e do potencial produtivo existente, em compromisso com os trabalhadores, a região e o país”.
A venda de uma empresa por parte do seu acionista maioritário tem tanto de legítimo como de normal. É assim em todos os setores de atividade económica e dificilmente deixará de o ser.
Por isso, e independentemente da concretização – ou não – do negócio, não parece haver grandes motivos de preocupação relativamente ao futuro da mina de Neves-Corvo. Se continuar a ser propriedade da Lundin Mining, com certeza que o objetivo será valorizar ainda mais este ativo e tirar dele os maiores proveitos. Se mudar “de mãos”, seguramente que os novos donos quererão rentabilizar o investimento realizado e continuar a crescer.

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