Em entrevista ao “Expresso”, com nota de destaque na primeira página, Francisco Louçã, ao insultar e incriminar dezenas de milhar de militantes que fazem o Partido Socialista, ignorar o Partido Comunista e afirmar o Bloco como o único partido de esquerda, ultrapassa todos os limites da decência e incendeia a necessidade de convergência de todas as forças democráticas progressistas.
Para esta perseguição, usa a mentira, a pretensa superioridade moral, as suspeitas sem fundamentos, as incriminações, o desprezo de pessoas e um sectarismo desmedido. Apenas alguns exemplos:
“As meias palavras são traição moral”; “a rede que é o PS, em que a Mota Engil e o Banco Espírito Santo determina mais do que o resto”; “o PS é um partido corrompido”; “Toda a esquerda e tiro daqui a social-democracia”; “Ouvi Ferro Rodrigues dizer que a ajuda externa estava pedida com o PEC4”; “Seguro, aprovando todas as propostas da direita”; “Falo de esquerda popular, no sentido do Syrisa e do Bloco de Esquerda”; “Estou interessado em eliminar a direita”; “Detestamos os socialistas que nos pedem para sermos liberais”; “O PS comprometido com as políticas liberais”. E chega.
Ou seja, a esquerda é o Bloco e só ele sob a sua sábia e endeusada chefia. Para quem veio à luz do dia para unir a esquerda, estamos conversados; ou perfilham as suas teses e condutas ou não prestam. Ousando considerar os militantes do PS um “rebanho” de imbecis, carreiristas ou ingénuos. (para o professor, “o resto”).
Perante tudo isto, ou Louçã se retracta e a direcção do Bloco se demarca destas afirmações do chefe, ou estão impossibilitadas as relações dos partidos situados à esquerda e de muitos sem partido da área progressista com este Bloco do “sábio” Louçã. Direi que a aposta num “Congresso Democrático das Alternativas”, recentemente lançado, pode ficar ferida de magreza.
Perante o afirmado, desde que não haja um “acto de contrição”, o Bloco torna-se o inimigo da convergência das forças progressistas e deve merecer a condenação e desprezo do eleitorado que quer que o país mude, criando uma alternativa política a este Governo e à coligação da direita ultra-liberal.
Nestes tempos de incertezas e de complexos desafios, todos os que se arvoram em possuidores da “verdade” são os inimigos principais dum caminho de real e possível mudança a bem das pessoas.
A ver vamos, com atenção e sem contemplações!
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