Quando me sentei à secretária para escrever o tema desta semana, ainda pensei em escrever sobre a Páscoa e sobre a nossa cultura de raiz judaico/cristã, mas não me atrevi porque poderia cometer erros históricos sobre algumas destas questões. Por isso, resolvi escrever sobre uma guerra (quase) santa em terras santas de Jerusalém.
Como é conhecido de todos, a questão que continua a dividir os povos da Palestina e Israel é histórica mas profunda. E levou a que os segundos se instalassem como Estado nos territórios que outrora foram da Palestina, ou seja, em 1948 a Sociedade da Nações (creio que era assim que se chamava) resolveu atribuir ao povo israelita na diáspora, uma terra que foi separada da Palestina e onde foi criado o Estado de Israel.
Claro que um processo desta natureza não foi, como não podia ser pacífico.
Esta realidade deixou de fora a cidade Santa de Jerusalém e, durante muitos anos, os israelitas foram conquistando mais território, através da criação de colonatos, quer na Faixa de Gaza, quer na Cisjordânia, para onde foram remetidos e quase enclausurados os palestinianos. Mas, ao mesmo tempo, através da guerra em 1967, conquistaram os Montes Golã à Síria (importante reserva de água) e até hoje mantém-nos na sua posse.
Ocuparam quase de forma permanente (até hoje) a Cisjordânia e a Faixa de Gaza e, pese embora se diga que retiraram dos territórios, essa não é uma verdade, pois os colonatos continuaram cheios de soldados e metralhadoras, que fazem a defesa dos seus habitantes.
Foram várias as guerras a que assistimos contra Gaza e contra os palestinianos, mas a verdade é que não conseguiram vergar a vontade de um povo. E, pese embora se reconheça mundialmente a necessidade da criação do Estado da Palestina, tal continua por fazer, como continua a arbitrariedade de Israel ocupar casas dos palestinos em plena Jerusalém e em considerar esta cidade como coisa sua.
Estive ali como deputado, há alguns anos, e tive oportunidade de verificar esta realidade e o ambiente de hostilidade permanente que existe, quer em Jerusalém quer em Israel, ou na Faixa de Gaza, que mais parece um “barril de pólvora” prestes a explodir a cada momento.
Pese embora esta guerra permanente continue (quase) esquecida, a verdade é que ela existe e logo na cidade e no território que é berço da cultura cristã. Em alturas de Páscoa e de tudo o que a mesma representa para a religião cristã, dá que pensar aquilo que se passa na Terra Santa.
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