Muita coisa se poderá dizer e escrever acerca da família, constituída a partir do amor de um homem e uma mulher, amor que dá fruto e se projeta nos filhos e que, para os crentes, se orienta para a sua fonte, Deus criador e salvador, que se manifestou na pessoa e mensagem de Jesus Cristo. Sem esta orientação e projeção o amor humano facilmente se converte em egoísmo refinado.
Como sabemos pelo Evangelho, Jesus não veio para apenas apontar a vontade de Deus a respeito da criação, mas para salvar e curar as feridas da humanidade (Jo 3, 17). Por isso respondeu aos acusadores da mulher adúltera, que queriam que ele aplicasse a lei, pronunciando a sentença de morte, com a observação: quem não tem pecado que atire a primeira pedra. E à mulher, que ficou sozinha, diz: também eu não te condeno. Vai e não voltes a pecar (Jo 8, 1 ss). É esta ternura e perdão de Deus que deve orientar a pastoral da Igreja, mas que também a família a deve viver, para ajudar os seus membros a fazer a experiência de vida plena, apesar das muitas fragilidades a que estão sujeitos.
A ternura nos relacionamentos familiares é a virtude quotidiana que ajuda a superar os conflitos interiores e relacionais, lemos no Documento de preparação para o Sínodo dos Bispos sobre a família, nº 70, e que se vai realizar no próximo mês de outubro. A família é o património fundamental da humanidade e da Igreja, mas está muito fragilizada e desapoiada. Mas ela é a primeira e principal escola da aprendizagem da vida, na diversidade das suas dimensões e relações. Não admira que a Igreja sempre tem voltado as suas atenções para ela e agora o Papa Francisco nos pede para intensificarmos a pastoral das comunidades cristãs, para ajudarmos a que ela possa tornar-se cada vez mais aquilo que é chamada a ser: escola de ternura, da gratuidade, da solidariedade, de amor, de atenção aos outros, de superação do egoísmo individualista, de evangelização e de transmissão dos valores humanos e da fé.

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Marcelo Rebelo de Sousa, de 72 anos, vai cumprir mais cinco anos como Presidente da República, depois de obter 63% dos votos [resultado às 21h00]