Evocar a memória[BR]em Castro Verde

Quinta-feira, 17 Setembro, 2020

Miguel Rego

arqueólogo

O ano de 2010 será assinalado, em Castro Verde, com um conjunto de iniciativas que visam dois importantes acontecimentos da história e da memória colectiva daquele concelho: os 500 anos da doação dos forais de Castro Verde e Casével pelo Rei D. Manuel I, e o centenário da República. Um e outro parece poder provocar uma envolvência expressiva da comunidade castrense e, em particular, da comunidade escolar. Não apenas nos vértices destas iniciativas, que serão o fim-de-semana de 3 a 5 de Junho, com um grande desfile histórico, a feira de terra, animação musical e mostra de gado autóctone, que envolverá quase oitocentos figurantes, e o fim-de-semana em torno do dia 5 de Outubro. Mas também na edição de vários trabalhos sobre as temáticas que agora se evocam, a realização de várias exposições, colóquios e outras iniciativas que assinalarão, sequencialmente estes dois momentos evocativos. Contudo, um momento e outro tiveram início há cerca de dois anos. O Centenário da República com o momento evocativo do Regicídio, em 2008, e os 500 anos da doação dos forais de Castro Verde e Casével, com a publicação dos forais das vilas referidas e ainda da vila de Entradas, no âmbito das várias iniciativas que assinalaram os 30 anos do Poder Local Democrático. Era para nós importante trazer aqui esta referência. Por nada em especial, mas apenas para deixar no ar este pequeno reparo para os mais distraídos. Por detrás de tudo o que diariamente nos salta aos olhos e nos entra pela casa dentro, há quem procure remar contra a maré. E acima de tudo, pegar naquilo que identifica uma comunidade e fazer dessa especificidade um objecto a valorizar, conhecer, discutir, transformar, dentro de uma estratégia que não é pautada por calendários político-partidários, mas pela certeza da importância em valorizar o património, questionando-o e transformando-o, reforçando a estrutura social e cultural em que vivemos, com o objectivo de deixar um pouco mais às novas gerações. Vale a pena visitar Castro Verde ao longo do ano e olhar aquilo que por ali se vai fazendo.

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