De um dia para o outro, as diversas passagens de trânsito no troço do IP2 que atravessa o concelho de Castro Verde foram fechadas com rails de protecção pela concessionária da via, a SPER. A situação deixou estarrecidos muitos agricultores, que utilizam estas passagens para aceder às suas explorações agrícolas e que a partir de agora têm, em muitos casos, de vir até à vila de Castro Verde para poderem depois chegar às terras que trabalham.
Uma situação que também já mereceu o repúdio por parte da autarquia local e que demonstra como funcionam muitas empresas no nosso país, sejam elas de que ramo que forem. Na sua maioria, apenas lhes interessam números e estatísticas. As populações são meros consumidores e as localidades simples espaços de produção. Ou há rendimento ou não, nada mais importa. Mesmo que um pequeno prejuízo no interior seja largamente compensado pelo lucro do litoral.
A lógica até pode ser aceitável se falarmos de empresas privadas, onde os accionistas são os únicos que investem (e arriscam a ter prejuízo). Mas neste caso trata-se de uma entidade que tem um contrato com uma empresa do Estado (a Infra-estruturas de Portugal), que por sua vez tem responsabilidades de serviço público. Daí que não seja admissível a insensibilidade com que se avança com uma medida com este impacto na vida das pessoas sem sequer se preocuparem com as consequências das suas decisões.
PS do Baixo Alentejo queria investimento da Lufthansa em Beja
A Federação do Baixo Alentejo do PS entende que deveria ser Beja a acolher o projeto que a alemã Lufthansa Technik vai implementar em Portugal,