São algumas as formas de afirmar uma região. Desde logo pela sua cultura, tradições e espírito de comunidade (e não é por acaso que esta variante surge em primeiro lugar). Mas também pelo “peso” da sua economia e do valor acrescentado que a mesma gera, pelo ambiente e condições naturais ou, inevitavelmente, pela política. Porque, ao fim e ao cabo, tudo é política.
Vem isto a propósito da revelação feita nesta edição do “CA” pelo novel presidente da Federação do Baixo Alentejo do PS, Nelson Brito, garantindo que a região terá um candidato próprio e assumidamente baixo-alentejano nas eleições para a presidência da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo, agendadas já para Setembro. “É nossa obrigação defender que o próximo presidente da CCDR seja um baixo-alentejano, porque é justo que o seja, porque é oportuno que o seja e porque tenho a certeza que os baixo-alentejanos não esperam outra coisa de nós”, advoga [ver página 6].
Independentemente do sucesso que esta candidatura venha a ter nas eleições, ela surge no tempo certo e é indispensável. Porque numa região com tantas potencialidades como o Baixo Alentejo – que vão da agricultora ao sector mineiro, do turismo à aeronáutica – está na hora da mesma se afirmar em definitivo, assumindo a sua identidade própria e traçando metas concretas (e há muito adiadas).
2. A Somincor celebra nesta sexta-feira, 24 de Julho, 40 anos de existência. Quatro décadas que transformaram completamente a região – nomeadamente o concelho de Castro Verde e municípios limítrofes – e que fazem desta uma empresa de referência mundial em vários planos (mesmo que nem todos se tenham ainda apercebido de tal). Parabéns Somincor!