Uma campanha contra a violência doméstica foi lançada esta quarta-feira, 29, nos concelhos de Aljustrel, Almodôvar, Castro Verde, Ferreira do Alentejo e Ourique, contando com a participação de diversas “figuras ativas” da comunidade, de autarcas a pessoas ligadas às forças de segurança ou à educação.
A campanha “Figuras Ativas Contra a Violência Doméstica” é uma iniciativa do seu Gabinete VERA – Vítimas Em Rede de Apoio.
“O grande objetivo desta campanha é mostrar à comunidade que não é aceitável qualquer tipo de violência, neste caso a violência doméstica”, explica ao “CA” a coordenadora do Gabinete VERA, Marina Brito.
De acordo com esta responsável, a campanha, que arrancou em Castro Verde, é constituída por uma exposição de fotografia itinerante, onde autarcas e outras pessoas ligadas às forças de segurança, aos bombeiros, à educação e à saúde exibem mensagens contra a violência doméstica.
“O grande objetivo desta campanha é mostrar à comunidade que não é aceitável qualquer tipo de violência, neste caso a violência doméstica”, explica a coordenadora do Gabinete VERA, Marina Brito
“Colocar pessoas que não estão diretamente a trabalhar nesta área, mas que têm um papel público importante, a posicionarem-se contra [a violência doméstica] mostra que, de facto, a comunidade não está permissiva” com este crime, justifica Marina Brito.
A coordenadora do Gabinete VERA diz ainda que a ideia é “responsabilizar mais os agressores e não culpabilizar as vítimas”.
“Ainda assistimos a situações em que isso acontece, mas a mensagem tem de ser que a violência doméstica não é aceitável de forma alguma e, em vez de cedermos à culpabilização da vítima, temos sim de responsabilizar quem comete este crime”, reforça.
Além da exposição itinerante, as imagens que compõem a exposição vão ser igualmente distribuídas, por via postal, nos cinco concelhos, assim como divulgadas nas redes sociais.
“Temos um território que é muito diversificado, com pessoas que têm fácil acesso às redes sociais e a tudo o que passa na Internet, mas também com pessoas mais velhas, que não têm acesso às redes sociais e onde o papel ainda é um veículo de passagem de informação”, justifica Marina Brito.