Câmara de Castro Verde aprova novo empréstimo

Câmara de Castro Verde

Intervir na rede de abastecimento de água de Castro Verde; avançar com a requalificação da estrada que liga a sede de concelho à mina de Neves-Corvo, passando por Santa Bárbara de Padrões; e dar resposta a vários projectos de requalificação urbana em Castro Verde: é este o “destino” do empréstimo de um milhão e 175 mil euros que a Câmara de Castro Verde se prepara para contrair, depois da aprovação do mesmo em sede de Câmara e Assembleia Municipal.
“No caso da rede de águas, sabemos todos muito bem que se trata de um problema grave que tem de ser resolvido. Como a anterior gestão da CDU não tirou partido dos fundos comunitários para esse fim, agora que já não existem fundos para essa área temos de recorrer à banca. Foi um erro grave da anterior gestão que nos obriga a dar este passo”, justifica ao “CA” o autarca António José Brito.
O presidente da Câmara de Castro Verde explica ainda que, no caso da requalificação urbana, a autarquia tem financiamento comunitário garantido, “mas não tem projectos nem capital próprio para concretizar as obras”. “Isto quando a generalidade dos municípios já terminou muitas empreitadas de requalificação urbana”, acrescenta.
E no caso das estradas, continua, “temos as obras adjudicadas por cerca de 1,4 milhões de euros mas não temos dinheiro que chegue para as pagar. Portanto, não havia outra saída senão recorrer a um empréstimo que, devo chamo a atenção, ainda é insuficiente para pagar as empreitadas das estradas”.
Segundo António José Brito, este empréstimo servirá “exclusivamente” para as intervenções referidas e não “para resolver os graves problemas de tesouraria da Câmara, que resultam da gestão muito discutível do anterior executivo da CDU”. Daí não poupar nas críticas ao executivo antecessor. “Como houve uma notória incapacidade de planeamento do anterior executivo da CDU, estamos confrontados como estes problemas todos ao mesmo tempo. Enquanto houve muito dinheiro da Derrama, de modo incompreensível, deixaram-se para trás vários problemas para resolver. Esta é a verdade que está à frente dos nossos olhos”.
Para o eleito socialista, o maior problema nas finanças da autarquia castrense “tem a ver com a tesouraria”. “Nestes seis meses, estamos a fazer todos um esforço para corrigir e poupar, mas a CDU criou na Câmara um modelo de gestão com hábitos de ‘casa rica’ em função das receitas extraordinárias da Derrama, mas esse tempo acabou. Apesar disso, o anterior executivo não fez nada para corrigir a situação, muito pelo contrário: enterrou a cabeça na areia e, por completa falta de coragem política, deixou que a situação se agravasse”, afirma António José Brito.
O autarca recorda ainda que, ainda na oposição, o PS teve a oportunidade “de chamar a atenção para as complicações que iríamos ter pela frente”. “Não estávamos errados e, hoje, estamos confrontados com dificuldades que resultam de uma herança muito pesada que vai obrigar a tomar medidas exigente para todos, porque não podemos continuar a administrar a Câmara baseados em receitas que não temos! Não contem comigo para isso”, conclui.

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