Caça “tem impacto muito significativo em toda a economia de Mértola”

A 14ª edição da Feira da Caça de Mértola arranca nesta sexta-feira, 20, e em entrevista ao “CA” o presidente da Câmara Municipal, Mário Tomé, reconhece que o setor é preponderante na economia local. O autarca diz ainda que esta “é a feira de eleição para os amantes da caça”.

Quais as expetativas para a Feira da Caça de Mértola em 2023?

Mantemos uma perspetiva muito positiva para a XIV Feira da Caça de Mértola. É a feira de eleição para os amantes da caça e esforçamo-nos para criar pontos de interesse para que esta edição seja mais um sucesso, tanto ao nível da visitação como das próprias atividades cinegéticas que decorrem ao longo do fim-de-semana. Temos um programa que não irá defraudar as expectativas de quem nos visita, um novo arranjo paisagístico da entrada exterior do Pavilhão Multiusos com uma exposição de fauna viva e de matilhas de caça maior, uma exposição de viaturas, vários armeiros e stands do setor, bem como uma exposição de um ecossistema com fauna. São muitas atividades que nos levam a estar confiantes que vamos ter mais uma feira marcante para o concelho.

Quantos expositores vão estar presentes no evento?

No total teremos cerca de 70 expositores, sendo que 40 estão diretamente relacionados com o setor da caça e os restantes os nossos produtores locais que irão mostrar a qualidade de todos os produtos do nosso território.

É a feira de eleição para os amantes da caça e esforçamo-nos para criar pontos de interesse para que esta edição seja mais um sucesso.

Qual o impacto do setor na economia local?

É um impacto muito significativo em toda a economia. Para além da vertente económica diretamente relacionada com o produto oferecido pelas zonas de caça turística e o emprego diretamente relacionado, a restauração e hotelaria também sentem o fluxo existente durante a época venatória. É o que queremos preservar e fomentar, uma vez que é um dos vetores de desenvolvimento económico mais importantes para o concelho de Mértola.

De que forma tem a autarquia tentado valorizar a atividade cinegética no concelho?

Tentamos valorizar este setor de vários prismas, mas também é necessário frisar que todo o trabalho que é realizado pela autarquia só é possível com a participação ativa das associações locais. Sejam as zonas turísticas sejam as associativas, e só um trabalho conjunto permite que possamos realizar esta feira, valorizar e continuar a desenvolver este setor que é parte da matriz ideológica do concelho de Mértola. Ao longo do último ano organizamos várias eventos dedicados a esta temática de forma a aproximar o setor, debater as grandes questões, mas ao mesmo tempo também realizamos atividades que visam a melhoria e preservação das espécies cinegéticas. Este ano iniciámos as Jornadas de Caça,  que se desenvolveram entre março e outubro e que contou com um conjunto de iniciativas diversificadas como ações de formação, caçadas, colóquios e visitas a zonas de caça para a partilha de conhecimento e de boas práticas. Também apoiámos de forma muito significativa a Escola de Caça, Pesca e Natureza, em parceria com Escola Profissional ALSUD, com o objetivo de formar jovens nesta área fundamental para o concelho. É crucial também trabalhar a preservação do setor, nomeadamente através do conhecimento. É algo em desenvolvimento e, nesse sentido, esperamos que a nova Estação Biológica de Mértola permita desenvolver estudos e conhecimento científico para melhorar a resposta a esta e outras problemáticas associadas à sanidade das espécies cinegéticas. É um investimento contínuo, muito importante para Mértola, para o setor e para a biodiversidade da região.

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Correio Alentejo

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