O conselho directivo da Associação Nacional de Freguesias (Anafre), liderado por Pedro Cegonho, reuniu no final da passada semana em Vila Nova de Milfontes. Sobre a mesa estiveram algumas das questões que mais preocupam os autarcas, nomeadamente a descentralização de competências, tema também abordado na reunião que a comissão permanente da Anafre teve previamente com os presidentes de junta do concelho de Odemira e com o coordenador distrital da associação.
Em declarações ao “CA”, o coordenador distrital da Anafre em Beja revela que aproveitou a ocasião para fazer o balanço do seu primeiro ano de mandato, que se assinala neste sábado, 20, destacando ter mantido ao longo deste período uma relação de “proximidade” com as freguesias.
Vítor Besugo, eleito pelo PS e também presidente da Junta de Freguesia de Beringel (Beja), revela ainda que a formação de autarcas e funcionários têm sido também “uma prioridade”, sendo que “cada acção teve cerca de uma centena de participantes, o que prova a importância das temáticas escolhidas”.
Em simultâneo, continua Besugo, a delegação distrital da Anafre marcou “presença ao lado das freguesias e das populações em diversas frentes”, com destaque para a possível prospecção de petróleo na costa alentejana e para o encerramento de balcões da Caixa Geral de Depósitos e dos CTT em algumas freguesias do distrito.
Relativamente ao futuro, Vítor Besugo admite que gostaria de ver concretizada a possibilidade de se protocolar com a Sociedade Portuguesa de Autores os valores cobrados às juntas de freguesia, “considerados elevados”, assim como avaliar a hipótese destes órgãos poderem apresentar candidaturas a estágios profissionais.
A reversão da reorganização administrativa das freguesias é outra das medidas defendidas pelo coordenador da Anafre em Beja, defendendo que se deve devolver “a palavra às assembleias de freguesia” sobre esta matéria.
