Ampliação do Hospital de Beja vai custar 118,3 milhões

A requalificação e ampliação do Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, poderá vir a custar cerca de 118,3 milhões de euros (IVA incluído), num projeto que irá “revolucionar” por completo a unidade, permitindo “manter as atuais valências” e criar “condições para novas áreas”.

A elaboração do projeto de requalificação e ampliação do Hospital José Joaquim Fernandes avançou no final do ano passado, após despacho assinado pelo então secretário de Estado da Saúde, o socialista Ricardo Mestre (que é natural de Serpa).

O projeto, apresentado a 22 de julho, pelo presidente da administração da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA), José Carlos Queimado, aos autarcas do distrito de Beja, numa reunião realizada na sede da CIMBAL, prevê a redefinição do perfil assistencial do hospital, dada a evolução das necessidades em saúde da população do Baixo Alentejo, assim como uma reorganização do programa funcional da unidade, incluindo a ampliação do atual edifício.

De acordo com a proposta apresentada pela ULSBA, o investimento permitirá a criação de novas respostas nas áreas da Cirurgia Vascular, Dermatologia, Endocrinologia e Nutrição, Gastrenterologia, Nefrologia e Reumatologia. O projeto propõe igualmente a criação de uma unidade de internamento de cuidados paliativos, com um total de oito camas.

Caso as obras se concretizem, o Hospital de Beja passará a contar com 229 camas para internamento, das quais 91 para especialidades médicas e mais 77 para especialidades cirúrgicas. Estão igualmente previstas, entre outras áreas, 12 camas para Obstetrícia e outras tantas para Pediatria.

A unidade passará também a contar com seis salas operatórias para cirurgias programas, uma para cirurgias urgentes e mais uma para o bloco de partos.

Projeto prevê a redefinição do perfil assistencial do hospital, dada a evolução das necessidades em saúde da população do Baixo Alentejo, assim como uma reorganização do programa funcional da unidade, incluindo a ampliação do atual edifício.

Todas estas mudanças obrigarão a uma profunda reorganização do hospital, assim como a construção de um novo edifício, avaliado em 58,1 milhões de euros e com 26.960 metros quadrados (m2), que acolherá os internamento de especialidades médicas e cirúrgicas e dos cuidados paliativos, o bloco operatório e uma nova Urgência (que terá ligação por galeria fechada ao edifício principal, na zona da Imagiologia).

Também o edifício atual será alvo de várias mudanças, que custarão cerca de 30,3 milhões de euros. Para o Piso 0 o projeto prevê uma circulação sem passagem pelo interior de espaços funcionais, passando a atual zona das consultas externas a acolher a direção e administração da ULSBA, os serviços administrativos, a biblioteca, a central telefónica, o arquivo, o auditório e espaços de formação.

Por sua vez, no Piso 1 serão criadas áreas de ambulatório e mantida a Unidade de Cuidados Intensivos, ao passo que os Pisos 2 e 3 serão destinados ao ambulatório e às consultas externas, num total de 44 gabinetes (a que se juntam os 11 espaços do Hospital de Dia de Oncologia e os 11 do Hospital de Dia Polivalente).

Os pisos 4 a 6 passarão a ser reservados à área Materno-Infantil, contando com internamento de Pediatria e de Ginecologia/Obstetrícia, Neonatologia, ambulatória de Pediatria (incluindo consultas externas), bloco de partos e Urgência de Ginecologia/Obstetrícia.

No piso inferior (-1) está igualmente prevista uma reorganização do espaço, com a criação de vestiários centrais, a relocalização da cozinha e do refeitório.

Já o Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental continuará a funcionar no atual edifício, enquanto que no edifício da Hemodiálise a ULSBA utilizará apenas as áreas do Piso 2, ficando os pisos inferiores arrendados para hemodiálise.

Por sua vez, o Hospital de Dia será afeto apenas para a Unidade de Oncologia, ao passo que os pavilhões e outras estruturas pré-fabricadas dispersas pelo recinto serão extintas, nomeadamente os pavilhões da Urgência Geral e da Urgência Pediátrica. No campus do hospital serão ainda criados espaços para serviços atualmente instalados no exterior.

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Correio Alentejo

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