Os produtores de vinho do Alentejo e a Comissão Vitivinícola Regional consideraram hoje positiva a manutenção da taxa do IVA que incide nestes produtos e congratularam-se pela eliminação de uma “ameaça” que pairava sobre o sector.
“Face à expectativa que havia, de [uma possível] subida da taxa do IVA, é positivo que tal não aconteça”, asseverou hoje à agência Lusa José Manuel Ginó, membro da direcção da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA).
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, anunciou na quinta-feira várias medidas inscritas na proposta do Governo para o Orçamento do Estado (OE) para 2012, uma delas a manutenção da taxa do IVA sobre o vinho, nos actuais 13 por cento.
José Manuel Ginó explicou que a manutenção do IVA sobre o vinho vem ao encontro daquilo que o sector reivindicava, pois, um possível aumento estava identificado “como uma ameaça”.
“O sector reagiu e pronunciou-se, dando a conhecer as razões pelas quais estaria contra [uma subida] e o impacto que isso iria ter no preço do vinho ao consumidor”, o qual teria de aumentar, o que implicaria “uma retracção grave no consumo”, disse.
Lembrando que o sector vitivinícola não está “imune às dificuldades que toda a sociedade e economia estão, neste momento, a sentir”, o membro da direcção da CVRA mostrou-se satisfeito com a medida divulgada pelo primeiro-ministro.
A Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito (ACVCA) recebeu “com agrado” a decisão do Governo, disse à Lusa o seu presidente, Joaquim Carvalho, que reforçou a importância “vital” do vinho para o país.
Se o IVA aumentasse, insistiu, “a quebra nas vendas seria de tal ordem que iríamos ter muitíssimos mais problemas e dificilmente se conseguiria fazer subsistir o sector”.
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