Foi há pouco mais de uma década que Diogo Perdigão concretizou o sonho de produzir vinho nos campos da Herdade das Fontes Bárbaras, perto da vila de Entradas. Em 2018 a produção já vai chegar aos 200 mil litros, distribuídos pelas gamas Regional (Entradas tinto, branco e rosé), colheita seleccionada (Entradas tinto e branco) e reserva (Foral de Entradas tinto).
“Estamos a ter uma aceitação muito boa, dentro do que são as nossas expectativas”, conta ao “CA” Diogo Perdigão, que neste momento conta com 25 hectares de vinha em produção, a que se juntarão, “dentro de dois ou três anos”, mais 17 hectares. Na herdade predominam as castas tintas (Touriga Nacional, Aragonez, Syrah, Cabernet Sauvignon, Touriga Franca e Castelão), a que se juntam as castas brancas Antão Vaz, Verdelho, Alvarinho e Arinto.
A seca dos últimos meses causou alguns problemas à campanha do ano anterior, mas este ano as expectativas são as melhores. “A vindima de 2016 tinha sido muito fraca, porque não havia água. Mas a vindima de 2017 foi muito boa, tanto em qualidade como em quantidade”, anuncia Diogo Perdigão, revelando que em breve irá haver obras na adega, num investimento que deve rondar os 200 mil euros. “O vinho já está em casa, mas precisamos de mais espaço para ser trabalhado e fazer algo de diferente”, explica.
A par da produção de vinho, a Herdade das Fonte Bárbaras tem a funcionar desde 2014 uma unidade de enoturismo, com seis quartos. “É um complemento de actividade e temos tido um feedback muito bom por parte das pessoas”, afiança Diogo Perdigão.
Entre a produção de vinho e a actividade turística, são já oito as pessoas a trabalhar na Herdade das Fontes Bárbaras. E ideias não faltam a Diogo Perdigão, para quem a agricultura no Campo Branco deve ser aberta “a todas as oportunidades”.
“No Campo Branco temos que encarar as oportunidades, não fazer só porque o avô ou o pai já faziam. Temos que arriscar, não podemos encarar a realidade dos terrenos como algo estático”, argumenta.
