Os autarcas de Castro Verde, Aljustrel, Almodôvar, Mértola e Ourique reúnem nesta terça-feira, 12, pelas 10h00, com o conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA).
“Sobre a mesa” vai estar o possível encerramento do Serviço de Urgência Básica (SUB) do Centro de Saúde de Castro Verde, em vários dias deste mês de novembro e também em dezembro, “devido às ausências de médicos, o que limita a elaboração das escalas”, como revelou na sexta-feira, 8, ao “CA” o autarca castrense, António José Brito.
Esta situação motivou a visita do deputado do PS eleito por Beja, Nelson Brito, ao SUB de Castro Verde, realizada na tarde desta segunda-feira, 11.
No final, o parlamentar elogiou “o empenho dos profissionais, da coordenação da SUB, dos médicos, dos enfermeiros e da própria ULSBA”, mas frisou que “este não pode ser o modelo de gestão para a saúde no Baixo Alentejo”.
“É preciso que estes profissionais, estes coordenadores e estes administradores sintam medidas efetivas que conduzam à estabilização de um quadro médico”, disse aos jornalistas, mostrando-se preocupado com o “quase abandono de soluções que existe no Baixo Alentejo do ponto de vista da contratação de médicos e da estabilidade do quadro médico existente”.
Nelson Brito sublinhou ainda ser “lamentável” o que está a acontecer no SUB de Castro Verde, considerando que tal demonstra “que com a alteração de governo não houve efetivamente um melhoramento”.
Por isso, acrescentou, “vou dizer à ministra da Saúde [Ana Paula Martins, durante a audição parlamentar desta terça-feira, 12] que há um interior que se sente abandonado e que afinal, em oito meses, já temos pior serviço e muito menos oferta de serviços de saúde que em oito anos” de Governo do PS.
Também presente na visita do deputado do PS a Castro Verde, o presidente da Câmara Municipal, António José Brito, reiterou que os autarcas da região estão “verdadeiramente preocupados com tudo aquilo que está a acontecer e que pode vir a acontecer”, salvaguardando a ação dos profissionais, “que todos os dias dão o seu melhor no Centro de Saúde e no SUB de Castro Verde”.
“O problema não é criado por eles, o problema é de administração. E é à administração e ao poder político que cabe dar esta resposta, desde logo o Ministério da Saúde, que não pode continuar a olhar de uma forma menos responsável para este tipo de problemas que acontecem aqui em Castro Verde”, disse aos jornalistas.
Lembrando que o poder local está a procurar, “a todo o custo e com todo o empenho, resolver ou minimizar tanto quanto possível esta situação”, António José Brito assegurou que os autarcas do Campo Branco irão prosseguir “este trajeto de reivindicação, de defesa da saúde, de defesa dos utentes e de procura de soluções”.
“Estamos certos que será possível alcançar esse resultado e essa solução, se houver empenho de todos”, sobretudo “por aqueles que têm o poder de determinar decisões, nomeadamente no Ministério da Saúde”, concluiu.