Sindicato Mineiro e Somincor reúnem com Governo em Lisboa

Representantes do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira (STIM) e da administração da Somincor, concessionária das minas de Neves-Corvo, no concelho de Castro Verde, reúnem esta sexta-feira, 7, pelas 11h00, no Ministério do Trabalho, em Lisboa, para tentar resolver o diferendo entre as partes e que já motivou a marcação de duas greves na empresa neste ano.

O encontro foi marcado na segunda-feira, 3, ao final da tarde, pelo Ministério da Economia, com o objetivo de “contribuir para a resolução do conflito que opõe a Somincor aos seus trabalhadores”, acabando por levar à suspensão da greve, de dois dias por turno, que o STIM tinha convocado para os dias 4 a 8 de junho.

Em declarações ao “CA”, o coordenador do sindicato, Albino Pereira, reconhece que a marcação desta reunião “é um bom sinal”, esperando ser finalmente possível chegar a acordo com a administração da  Somincor.

“Esperamos que a empresa tenha consciência que os trabalhadores precisam de um aumento salarial digno para fazer face às despesas diárias e à inflação no nosso país, tendo em conta, inclusive, que o preço do cobre está em alta como nunca esteve antes”, frisa o dirigente sindical.

A par disso, continua Albino Pereira, “com as propostas do Governo para baixar o IRC é só benefícios para a empresa, pelo que esta terá de ser benevolente com os trabalhadores”.

Desde o final do passado ano que trabalhadores e Somincor têm andado num “braço de ferro”, com o STIM a exigir progressões na carreira e aumentos de salários de 150 euros por trabalhador.

O caderno reivindicativo do sindicato inclui ainda o aumento de vários subsídios, assim como a renegociação do seguro de saúde, uma vez que os trabalhadores passaram “a pagar mais de franquia”.

A estas reivindicações a Somincor respondeu com um aumento de 4,3% nos salários, que o STIM considera “insuficiente”.

O diferendo acabou por motivar uma greve em Neves-Corvo, realizada entre os dias 26 e 28 de março. Depois, e perante o impasse nas negociações entre as partes, o sindicato convocou uma segunda greve, entre as 6h00 de 4 de junho e as 7h12 de 8 de junho, que foi suspensa horas antes de arrancar devido à marcação da reunião em Lisboa.

Após o encontro de sexta-feira com Governo e com administração da empresa, o STIM irá agendar “oportunamente” novos plenários com os trabalhadores, para lhes transmitir “os resultados” da reunião.

Partilhar

Facebook
Twitter
WhatsApp
Correio Alentejo

Artigos Relacionados

Role para cima