Resialentejo vai ampliar aterro sanitário de Beja

A empresa intermunicipal Resialentejo – Tratamento e Valorização de Resíduos, que serve oito concelhos (Almodôvar, Barrancos, Beja, Castro Verde, Mértola, Moura, Ourique e Serpa) vai avançar com a ampliação do seu aterro sanitário, no parque Ambiental do Montinho, a cerca de 10 quilómetros de Beja, num investimento avaliado em cerca de dois milhões de euros.

Segundo adianta do “CA” o director-geral da empresa, José Pinto Rodrigues, as obras deverão arrancar no decorrer do próximo ano de 2022, prevendo-se que a nova célula de deposição e confinamento de resíduos esteja “pronta para utilização em 2024”.

“Esta obra torna-se urgente dado que a actual célula de confinamento, construída em 2001, tem capacidade para mais três a quatro anos e estima-se que a contratação pública e construção da nova célula possa rondar os três anos. Assim torna-se imperativo que o concurso público seja lançado ainda no segunda semestre deste ano”, explica Pinto Rodrigues.

O director-geral da Resialentejo acrescenta que a nova célula de confinamento “terá uma capacidade a rondar os 1,5 milhões de toneladas”. “Ou seja, será suficiente para os próximos 30 anos”, garante.

“Esta obra torna-se urgente dado que a actual célula de confinamento, construída em 2001, tem capacidade para mais três a quatro anos e estima-se que a contratação pública e construção da nova célula possa rondar os três anos.”

José Pinto Rodrigues | director-geral da Resialentejo

Para concretizar o investimento necessário na ampliação do aterro sanitário da Resialentejo, os oito municípios aprovaram recentemente um aumento do capital social da empresa.

De acordo com Pinto Rodrigues, a obra não terá “qualquer apoio” de fundos nacionais ou comunitários para a sua concretização. “Assim, caberá aos accionistas municípios este investimento, que terá, dentro do princípio do poluidor-pagador, que ser repercutido nas respetivas tarifas municipais”, diz.

Quando a nova célula de confinamento entrar em funcionamento, a Resialentejo irá iniciar o processo de requalificação ambiental da actual. Pinto Rodrigues estima “que o custo de encerramento seja na ordem de um milhão de euros”, ainda que esta situação só se ponha “a partir de 2025”.

A Resialentejo é uma empresa intermunicipal criada pela Associação de Municípios Alentejanos para a Gestão do Ambiente (AMALGA) em Maio de 2004 e desde Junho desse ano que é responsável pelo sistema de tratamento e valorização de resíduos sólidos urbanos (RSU) de oito concelhos do Baixo Alentejo.

A empresa dá destino final aos resíduos indiferenciados (resíduos que não são separados) provenientes da recolha municipal e aos materiais recicláveis depositados nos ecopontos/ecocentros dos concelhos de Almodôvar, Barrancos, Beja, Castro Verde, Mértola, Moura, Ourique e Serpa, o que corresponde a uma área geográfica de 6.650 Km2 e cerca de 95.866 habitantes.

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Correio Alentejo

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