A empresa intermunicipal Resialentejo, que faz a gestão de resíduos urbanos em oito concelhos do distrito de Beja, instalou duas unidades de produção para autoconsumo (UPAC), que permitem a produção local de eletricidade através da utilização de fontes renováveis.
De acordo com a empresa, este investimento na transição energética permitiu que, em junho de 2025, “mais de metade da energia elétrica consumida” na Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) e na Central de Tratamento Mecânico e Biológico (CTMB) da empresa tenha sido “gerada através da utilização dos seus painéis solares”.
A Resialentejo acrescenta, em comunicado enviado ao “CA”, que “o contributo crescente das fontes renováveis e dos sistemas de produção de energia solar permitem reduzir de forma significativa os [seus] gastos energéticos”.
Nesse âmbito, reforça, durante o primeiro semestre de 2025, a UPAC instalada na sua CTMB “permitiu a poupança de 46% na faturação – cerca de 24 mil euros – e 36% de quilowatts da energia consumida (mais de 90 mil)”.
A Resialentejo lembra que tem produção de energia fotovoltaica desde 2020, “o que resulta na produção de cerca de um milhão de quilowatts por ano, uma quantidade suficiente para abastecer cerca de 272 famílias ou pequenas empresas”.
“No total, nos primeiros seis meses deste ano, a produção já ultrapassou os 500 mil quilowatts”, frisa.
A empresa destaca ainda “a modernização de infraestruturas e a implementação de várias medidas para alcançar uma maior eficiência energética”, nomeadamente “a substituição integral da iluminação interna e externa por tecnologia LED”.
Já a nível da mobilidade, a Resialentejo está a substituir gradualmente as viaturas ligeiras a gasóleo por veículos 100% elétricos ou híbridos, “contando já com postos de carregamento nas suas instalações”.
A Resialentejo reutiliza também, anualmente, “cerca de 1000 metros cúbicos das águas tratadas na sua ETAR”, sendo que a “qualidade da água tratada permite a sua reutilização em várias atividades que consomem grandes quantidades deste recurso, como são o caso da limpeza de pavimentos no CAGIA – Canil/Gatil Intermunicipal da Resialentejo, ou as lavagens dos rodados e higienização das suas viaturas de recolha de ecopontos”.
A par de tudo isto, a empresa desenvolveu ainda um Plano de Gestão Florestal, que tem “uma visão estratégica e mais ampla sobre sustentabilidade e responsabilidade ambiental”.
Algumas das medidas tomadas no âmbito deste plano “incluem a plantação de uma cortina arbórea junto à estrada (IP2) para minimizar o impacto visual, mas também de azinheiras e sobreiros para criar sombra e minimizar as emissões de dióxido de carbono”.