A Rede Regional de Transferência de Tecnologia do Alentejo, que inclui o Parque de Ciência e Tecnologia em Évora, foi reformulada devido à redução, para cerca de metade, dos 30 milhões de euros de fundos comunitários do InAlentejo.
"Há uma certa desilusão por não podermos avançar já com todos os investimentos que queríamos", admite o vice-reitor da Universidade de Évora (UÉvora), Manuel Cancela d’Abreu, em declarações à Agência Lusa.
O Sistema Regional de Transferência de Tecnologia (SRTT), que envolve 21 parceiros de toda a região, pretendia investir no Alentejo e Lezíria do Tejo quase 42 milhões de euros, dos quais cerca de 30 milhões provenientes do Programa Operacional do Alentejo 2007-2013 – InAlentejo.
Contactado pela Lusa, o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo explica que os cerca 15 milhões de euros que estavam "alocados" ao SRTT vão ser aplicados em "estímulos às empresas e à criação de emprego" na região.
"A reprogramação estratégica do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) pretende afectar verbas dos vários Programas Operacionais Regionais, entre os quais o InAlentejo, para estímulos à economia e à criação de emprego", realça António Dieb.
Com a redução da comparticipação de fundos comunitários do InAlentejo, os vários parceiros do sistema "também fizeram cortes e algumas acções menos relevantes acabaram mesmo por cair", adianta o vice-reitor da UÉvora.
No caso do Parque de Ciência e Tecnologia do Alentejo, previsto "nascer" em Évora, Manuel Cancela d’Abreu revela que já não vai ser construído o edifício onde seriam instalados os laboratórios, que iriam trabalhar, sobretudo, com empresas.
Outro dos projectos que "caem" nesta primeira fase é a construção de um novo edifício para o Laboratório de Ciências do Mar, em Sines, instalado actualmente num espaço cedido pela autarquia local.
