“Quanta” casa se compra no distrito?

“Quanta” casa se

Fazendo contas ao rendimento médio anual de uma família em cada um dos 14 concelhos do distrito, é em Castro Verde que se consegue adquirir a maior casa em área caso se recorra a um empréstimo bancário com a duração de 40 anos e tenha os 20% necessários para a entrada.
Os dados são revelados pelo portal “ComparaJá.pt” , que adianta que no caso de um crédito à habitação a 40 anos, e tendo em conta os rendimentos de cada família nos diferentes municípios, em Castro Verde esse imóvel teria 276m2, enquanto em Aljustrel teria 213 m2. Em Almodôvar o imóvel poderá chegar aos 186 m2, em Mértola aos 136 m2, em Ourique aos 115 m2 e em Odemira apenas aos 91 m2. Na capital de distrito, Beja, o imóvel chegaria aos 175 m2.
Os dados recolhidos pelo “ComparaJá.pt” para o distrito de Beja avaliaram também quantos anos são necessários para comprar uma casa com 100 m2 em cada município. Mais uma vez, é Castro Verde que surge no topo da tabela, dado que derivado a um preço por metro quadrado competitivo e aos salários mais elevados, é possível concretizar o objetivo de ter uma habitação própria com 100 m2 em apenas 12 anos.
Estes números contrastam muito com o concelho de Ourique, por exemplo, onde o elevado preço dos imóveis faz com que comprar uma casa com 100 m2 demore quase 37 anos, ou seja, mais 25 anos do que no concelho vizinho. Pelo meio ficam Aljustrel (16,4 anos), Almodôvar (19,3 anos), Beja (20,8 anos) e Mértola (28,8 anos).
“Face aos dados recolhidos, pode-se afirmar que pelas assimetrias que se fazem sentir actualmente em várias regiões no nosso país, neste momento optar por viver e trabalhar num município contíguo pode significar menos vários anos de trabalho para adquirir uma habitação de maiores dimensões. Definitivamente, comprar casa em algumas zonas de Portugal está a tornar-se numa tarefa extremamente difícil e fora do alcance das famílias com menos rendimentos”, alerta o CEO do “ComparaJá.pt”, José Figueiredo.
Na opinião deste responsável, “para evitar ter de alocar uma grande parte dos seus rendimentos mensais ao pagamento da casa durante mais uma década ou mais do que seria efectivamente possível”, as famílias “têm obrigatoriamente de aliar a correcta escolha da zona mais competitiva em termos de preço por metro quadrado a uma boa negociação das condições do seu empréstimo”.

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Correio Alentejo

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