PS e CDU trocam críticas em Castro Verde

PS e CDU

PS e CDU de Castro Verde trocaram nos últimos dias diversas críticas, depois da Assembleia Municipal local ter aprovado, na noite de quinta-feira, 6, a contratação de um empréstimo por parte da Câmara Municipal junto do Banco Europeu de Investimento (BEI). Contudo, o empréstimo foi aprovado sem maioria, uma vez que a bancada da CDU optou pela abstenção, o que previsivelmente não permite o indispensável visto por parte do Tribunal de Contas, que exige que processos desta natureza sejam aprovados por maioria.
Perante a recusa da CDU em votar a favor (o que aliás já tinha acontecido noutro empréstimo), o PS de Castro Verde acusa a maioria comunista na Assembleia Municipal de “travar e adiar os processos e a resolução dos problemas” no concelho, “prejudicando claramente a população de Castro Verde”.
“Mais uma vez, sem responsabilidade pública, a CDU utilizou a Assembleia Municipal para tentar ‘bloquear’ os investimentos da Câmara Municipal de Castro Verde”, acusam os socialistas em comunicado, acrescentando: “A postura da CDU é incompreensível, porque, votando assim, impede a Câmara Municipal de recorrer a uma linha de crédito com juros muito baixos para apoiar a execução de fundos comunitários, não tendo igualmente implicações na capacidade de endividamento da autarquia”.
Segundo o PS, “com esta posição, a CDU impede a Câmara de assegurar financiamento para executar obras muito importantes e há muito tempo por fazer” no concelho, “tal como a requalificação da Rua Morais Sarmento e da Escola Secundária ou a construção da Zona de Actividades Económicas, entre outras”.
“A posição inaceitável foi assumida de forma consciente e premeditada, contribuindo assim, mais uma vez, para tentar criar obstáculos à dinâmica de investimento que a maioria PS do executivo municipal tem demonstrado nos últimos dois anos”, concluem os socialistas.
Por sua vez, a CDU justifica a sua posição “com o facto de algumas das obras inscritas neste empréstimo ainda não terem candidaturas a financiamento comunitário apresentadas e muito menos aprovadas”.
“Reafirmamos que o recurso ao crédito é lícito e eventualmente necessário, mas queremos que os processos sejam limpos, claros e legais”, continua a CDU de Castro Verde em comunicado, vincando “que os montantes em causa correspondem apenas à contrapartida financeira da Câmara Municipal para a realização destas obras”.

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Correio Alentejo

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