A Federação do Baixo Alentejo do PS entende que deveria ser Beja a acolher o projeto que a alemã Lufthansa Technik vai implementar em Portugal, acusando o Ministério da Economia de não ter considerado o aeroporto da região como opção para acolher este investimento.
Em causa estão as notícias, avançadas nesta segunda-feira, 9, de que a companhia aérea alemã Lufthansa Technik pretende investir milhões de euros na criação de uma fábrica para reparação de peças de motores e componentes de aviões em Santa Maria da Feira, sendo estimada a criação de perto de 700 postos de trabalho.
Segundo o presidente do PS do Baixo Alentejo, Nelson Brito, “seria uma excelente notícia caso o investimento fosse instalado em Beja e tirasse bom partido de todas as infraestruturas existentes no território, nomeadamente do Aeroporto de Beja, uma infraestrutura cada vez mais dedicada à aeronáutica industrial”.
O dirigente socialista lembra que, neste momento, a empresa MESA prepara-se “para investir na construção de um segundo hangar para manutenção e reparação de aeronaves em Beja”, considerando que um eventual investimento da Lufthansa “viria reforçar a importância estratégica do Aeroporto de Beja e permitiria robustecer a ideia de existência de um cluster de manutenção e construção de material aeronáutico”.
Contudo, continua, Nelson Brito, a opção da Lufthansa para realizar o investimento deve recair em Santa Maria da Feira, escolha tomada em “cooperação com o Governo”, como refere a empresa.
O presidente do PS do Baixo Alentejo diz ainda ter reunido, nesta segunda-feira, 9, com o autarca de Beja, Paulo Arsénio, tendo este garantido que o município “nunca foi contatado no sentido de apresentar as potencialidades deste território, nomeadamente do aeroporto que poderia com uma unidade desta dimensão, avançar para uma segunda fase, ampliando a placa de estacionamento de aeronaves e a zona de hangares do lado ar da infraestrutura”.
Por isso, frisa o presidente do PS do Baixo Alentejo, está-se “a perder uma oportunidade de excelência de reforço da importância estratégica do Aeroporto de Beja”.
Nelson Brito diz ainda que a AICEP – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, tutelada pelo Ministério da Economia, “tem responsabilidades em não ter estudado a opção Aeroporto de Beja para este investimento internacional que seria estruturante para o território”.