O presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Aljustrel (AHBVA), Rui Nunes, defende um novo modelo de financiamento para este tipo de instituições, com o Estado a assumir mais “competências e responsabilidades”.
“Somos uma das mais importantes forças de Proteção Civil do país e como nos financiamos? Pedimos, fazemos campanhas de angariação de fundos, regateamos os orçamentos, etc. Este é um caminho com um fim anunciado a curto prazo”, justifica Rui Nunes em declarações ao “CA”.
Para este responsável, “deve ser o Estado central a assumir as suas competências e responsabilidades de acordo com critérios bem definidos”, e não as associações humanitárias a terem de “pedir para poder ter os seus veículos em boas condições para os seus operacionais e para melhor servir os seus utentes”.
“De uma vez por todas, o Estado tem que assumir as suas responsabilidades nesta área tão importante e fundamental da Proteção Civil, antes que seja tarde demais”, frisa Rui Nunes, defendendo a criação de “uma equipa/comissão – como tantas – onde seriam avaliados vários parâmetros, área geográfica, número de população, perigosidade e dimensão industrial ou vias de comunicação”.
“A partir daí, teria que ser o Estado a assegurar os meios humanos e logísticos para um mínimo de condições no desempenho da defesa das pessoas e bens”, conclui.