No dia em que arranca mais uma edição da Feira do Porco Alentejano, o presidente da Câmara de Ourique destaca a importância do sector para a economia local. “Por isso é um sector determinante na economia local, que nós queremos continuar a dinamizar. ‘Ourique Capital do Porco Alentejano’ não é apenas a produção, é mais que isso”, afirma Marcelo Guerreiro ao “CA”.
Qual é a mais-valia da Feira do Porco Alentejano? É mais que três dias de festa…
Este certame afirmou-se fortemente no concelho e na região e é hoje uma das grandes feiras do Baixo Alentejo e do Sul do país. O porco alentejano é um sector muito importante no concelho de Ourique e esta feira contribui fortemente para dinamizar não só a economia local, mas também para afirmar esta marca assente na nossa estratégia de afirmação de “Ourique, Capital do Porco Alentejano”.
Diz que este é um sector muito importante no concelho de Ourique. Em que medida?
É um sector com forte dinâmica no concelho e onde integramos as várias fases do mesmo. Temos a produção de porco alentejano, temos também a transformação e, posteriormente, a comercialização. Ou seja, este sector cria valor para Ourique e para a região desde a fase inicial da sua produção até à sua comercialização, passando pela transformação. Por isso é um sector determinante na economia local, que nós queremos continuar a dinamizar. “Ourique Capital do Porco Alentejano” não é apenas a produção, é mais que isso!
O quê?
É toda uma estratégia de desenvolvimento económico integrada, que queremos desenvolver. Por isso temos trabalhado em conjunto com a Associação de Criadores de Porco Alentejano, para que possamos afirmar esta marca e fazer desta bandeira o “motor” para o desenvolvimento do concelho de Ourique.
Que desafios se colocam neste momento ao sector? Qual o próximo passo a dar?
O caminho seguido tem sido o de valorizar o produto, fixar valor acrescentado no território e aqui criar emprego. E aquilo que queremos é continuar a valorizar o produto, que é de excelência. Não queremos que o porco alentejano seja um produto banal, mas sim de alta qualidade. E o trabalho vai ter de ser o de continuar a apostar nesta excelência e na qualidade. Associando a esta promoção do território enquanto “Capital do Porco Alentejano” o turismo, que também tem muito impacto e é muito importante para a valorização do montado.
Ou seja, este será um sector a partir do qual outras actividades – como o turismo – se poderão consolidar?
É um sector “âncora” para a economia local, a partir do qual é possível desenvolver toda uma estratégia integrada que permita apoiar e promover as diversas áreas da economia local. É por isso que “Ourique, Capital do Porco Alentejano” é mais que simplesmente a produção de porco alentejano ou a transformação dos seus produtos. É também a dinâmica turística do concelho, que merece ser valorizado, nomeadamente o montado e a própria história do concelho de Ourique, assim como a gastronomia. E estando nós numa localização tão privilegiada, isso permite criar valor acrescentado e gerar postos de trabalho.