O Instituto Politécnico de Beja (IPBeja) pretende ser mais “competitivo” e “atrativo” e, até 2025, vai apostar em áreas como a agricultura, a cibersegurança e a água, revela a presidente da instituição alentejana, Maria de Fátima Carvalho.
As metas fazem parte do ‘Plano Estratégico IPBeja 2025’, já aprovado pelo seu conselho geral, que tem por base o plano de ação apresentado em outubro de 2021 pela nova presidência.
Em comunicado, o IPBeja revela que o plano estratégico foi desenvolvido em conjunto com o Centro de Estudos e Desenvolvimento Regional e Urbano (CEDRU) e pretende “constituir-se como o instrumento de reflexão e referência estratégica”.
“O que pretendemos é alavancar o IPBeja, tornando-o competitivo e atrativo, para que ele possa perdurar no futuro”, frisa ao “CA” a presidente da instituição.
Segundo Maria de Fátima Carvalho, um dos “pilares” desta estratégia passa pela criação de uma nova residência de estudantes, avaliada em cerca de 15 milhões de euros e já candidatada ao Plano de Recuperação e Resiliência, que irá dotar o IPBeja “de grande capacidade de alojamento a baixo custo”.
“Também já alcançámos a meta do ‘Campus Saudável’, que vai permitir uma melhoria da qualidade de vida no ‘campus’” e “conseguir que sejam associados projetos de investigação nesta área”, adianta.
Nos próximos quatro anos, o IPBeja irá igualmente apostar na investigação em áreas como a agricultura, “através de ensaios para a comunidade, com laboratórios vivos”, ou a cibersegurança, em que tem sido “pioneiro”.
“Também somos uma instituição que tem um saber acumulado de há vários anos no domínio da água e queremos afirmar-nos como instituição nacional com grande saber nesse domínio”, acrescenta Maria de Fátima Carvalho.
Integrar o IPBeja “numa universidade europeia” e ter uma “relação muito estreita com as empresas da região”, com formações que “possam ir ao encontro das suas necessidades”, são outras das ambições da instituição de ensino baixo-alentejana.
Por isso, “já estamos a iniciar uma pós-graduação” em Gestão Sustentável do Setor Olivícola “e vamos continuar nesta política de aproximação à comunidade”, exemplifica.
Maria de Fátima Carvalho diz esperar que, com tudo isto, seja possível o IPBeja “aumentar o seu ‘peso’ na região”.
“Gostaria que a região nos visse como um parceiro de facto e como uma instituição a quem podem recorrer e ver as suas necessidades resolvidas no que toca à formação, à investigação aplicada e à produção de técnicos de qualidade”, revela.