O administrador-executivo da Empresa Municipal de Água e Saneamento (EMAS) de Beja antevê que o resultado líquido da empresa em 2020 seja semelhante ao do ano anterior, acima dos 200 mil euros, apesar de reconhecer que a actual situação pandémica terá seguramente algum impacto.
“Tudo indica que fecharemos [as contas de 2020] dentro da mesma ordem de grandeza [face a 2019], eventualmente com uma ligeira diminuição, fruto do impacto introduzido pelo cenário pandémico que atravessamos”, vinca Rui Marreiros ao “CA”.
O gestor acrescenta de imediato: “Esta situação terá o seu efeito cumulativo com maior intensidade em 2021 em resultado da diminuição de consumos do comércio, indústria e outros grandes clientes ou das dificuldades de cobrança”.
Nesse sentido, o administrador-executivo da EMAS diz que este é um cenário que a empresa terá “de acompanhar com muito atenção e responsabilidade”, garantindo que estará “sempre do lado das pessoas e das soluções e nunca do lado dos problemas”.
“Tudo indica que fecharemos [as contas de 2020] dentro da mesma ordem de grandeza [face a 2019], eventualmente com uma ligeira diminuição, fruto do impacto introduzido pelo cenário pandémico que atravessamos.”
Rui Marreiros | administrador-executivo da EMAS de Beja
Rui Marreiros observa ainda numa empresa municipal como a EMAS a grande meta não passa por “maximizar os resultados ou produzir resultados financeiros em excesso”, mas sim “disponibilizar o melhor serviço possível ao mais baixo custo”.
Nesse sentido, advoga, “é necessário gerar recursos suficientes para garantir robustez e estabilidade dentro de uma margem segura, diferente daquela que se verificou no exercício de 2017, em que os resultados foram negativos”.
Rui Marreiros afiança mesmo que em 2017, quando o actual conselho de administração entrou em funções, a situação era “grave” e, “a ter tido continuidade, deixaria a empresa à beira de um quadro financeiro insustentável e legalmente a caminho da obrigatoriedade de extinção”.