A Padaria do Corvo, de Castro Verde, voltou do Concurso Nacional de Pão, Broas e Empadas Tradicionais Portugueses deste ano com uma medalha de Ouro na categoria “Pão de Trigo Alentejano”, melhorando o resultado alcançado um ano antes.
“Trabalhámos para conseguir o melhor prémio e conseguimos”, nota com satisfação o gerente da Padaria do Corvo. “O facto de termos ganho um prémio acima do que tivemos o ano passado é bastante satisfatório e sinal que se reflectiu o trabalho que fizemos ao longo deste ano. Tentámos melhorar alguns pontos, acima de tudo no ponto de cozedura do pão. E resultou! Foi uma satisfação enorme e vamos tentar trabalhar para manter este prémio associado à nossa marca”, acrescenta Bruno Mestre, de 36 anos.
O Concurso Nacional de Pão, Broas e Empadas Tradicionais Portugueses é uma organização do CNEMA/ Centro Nacional de Exposições, em parceira com a Qualifica/ oriGIn Portugal, e decorre no âmbito da Feira Nacional de Agricultura / Feira do Ribatejo. O objectivo é “premiar, promover, valorizar e divulgar o genuíno pão tradicional português”. A Padaria do Corvo inscreveu o nome entre os vencedores na categoria “Pão de Trigo Alentejano” e Bruno Mestre não prescinde o segredo do sucesso.
“É um pão verdadeiramente alentejano, feito à base de massa-mãe, o chamado fermento caseiro ou massa azeda. Depois tem os tempos de levedura e os tempos de cozedura necessários, que fazem deste um pão mais tradicional e o verdadeiro pão alentejano”, revela o empresário castrense, que não esconde que o prémio alcançado ajuda ao negócio.
Já em 2017 “sentiu-se uma ligeira atenção por parte de quem comprava, que sabia estar a comprar um pão classificado. E espero que com esta medalha de ouro possamos ultrapassar essa procura”, diz Bruno Mestre.
Ainda assim, o empresário garante que este prémio não vai mudar a forma de estar (e trabalhar) da Padaria do Corvo. “Vamos continuar a trabalhar com o cuidado que sempre tivemos, independentemente de virmos a ganhar outros prémios. A qualidade será sempre a mesma, daí não queremos aumentar muito a produção para mantermos esta qualidade”, afiança Bruno Mestre.
A Padaria do Corvo emprega 11 pessoas e transforma cerca de 300 toneladas de farinha em pão por ano. Os seus produtos são distribuídos em Castro verde e concelhos limítrofes (tem lojas próprias em Castro Verde e Beja), além também estarem presentes no Algarve, de Faro a Silves. Mas Bruno Mestre quer ver o negócio ir mais além.
“Estamos a lançar um projecto de angariação de parceiros, para quem queira ser nosso representante no Algarve”, revela, explicando que a ideia passa pela criação de lojas idênticas à da Padaria do Corvo em Castro Verde e que só venda produtos deste concelho. “O projecto está a ser implementado e já temos pessoas interessadas”, garante Bruno Mestre.
