A Empresa Municipal de Água e Saneamento (EMAS) de Beja está a substituir uma das principais condutas existentes no sistema de distribuição de água na cidade, utilizando para o efeito um método inovador.
De acordo com a empresa, a conduta em questão “distribui água do reservatório da Conceição, que sita junto ao edifício sede da EMAS, até à designada zona baixa da cidade”, sendo que a intervenção “prevê a substituição dos materiais atualmente desatualizados e em mau estado de conservação por materiais mais atuais e ambientalmente mais sustentáveis”.
“Estas alterações irão potencializar um melhor desempenho ambiental das redes ao nível das operações de conservação e manutenção e também em termos de qualidade da água na zona servida por esta conduta”, refere a EMAS.
A empresa acrescenta que esta intervenção “diferencia-se das habituais devido ao método construtivo adotado”, uma vez que se optou, “pela primeira vez, por um método construtivo sem a abertura de vala, o ‘Slip Lining’, o qual consiste na introdução da nova tubagem no interior da conduta antiga sem a destruição da mesma”.
“Este procedimento construtivo apresenta diversas vantagens face ao procedimento tradicional (abertura de vala), desde logo a redução dos transtornos associados às condicionantes de circulação dos veículos e pessoas, o que acaba também por afetar a atividade comercial das zonas intervencionadas”.
A par disso, a técnica utilizada permite “economia de tempo, uma vez que reduz substancialmente os prazos de execução da intervenção”, assim como “uma menor destruição ambiental, através da redução da produção de resíduos”, dota a nova infraestrutura “de uma camada adicional de proteção, em virtude de a mesma ficar protegida pela tubagem da conduta desativada”, e minimiza os riscos de acidentes de trabalhos “associados aos trabalhos com abertura de valas”.
“Outra das características diferenciadoras desta intervenção é o facto da EMAS de Beja ter previsto a implementação de caixas de inspeção na conduta, sensivelmente a cada 100 metros”, que permitirão “analisar e monitorizar tanto os padrões hidráulicos como os da qualidade da água na rede pública, bem como minimizar a incerteza associada à localização de eventuais roturas”, conclui a empresa.