Obras da variante de Aljustrel arrancam em agosto

As obras de construção da nova variante rodoviária a Aljustrel vão arrancar no próximo mês de agosto, num investimento que ascende a 12,5 milhões de euros e tem financiamento garantido através do Plano de recuperação e Resiliência (PRR).

A empreitada, consignada pela empresa Infraestruturas de Portugal (IP) no passado dia 8 de julho, deverá estar concluída até final de 2025 e prevê a construção de uma via com cerca de 4,4 quilómetros, que incluirá no seu traçado três rotundas, duas passagens superiores e uma passagem inferior, fazendo a ligação da Estrada Regional 261 à Estrada Nacional (EN) 2, passando pela EN 383.

“A sua construção permitirá desviar para fora da vila [de Aljustrel] o trânsito de veículos pesados, muito em particular os que transportam matérias perigosas, como minérios e explosivos provenientes das minas”, justifica a IP.

A Infraestruturas de Portugal acrescenta ainda que a intervenção permitirá “melhorar os acessos à zona de extração mineira, à área de localização empresarial e à povoação de Montes Velhos, aumentando substancialmente as condições de segurança rodoviária”.

O presidente da Câmara de Aljustrel, Carlos Teles, considera que, com a nova variante rodoviária, ficarão “muito mitigados os problemas de trânsito que afligem Aljustrel, gerados, principalmente, pelo grande fluxo de veículos pesados que, todos os dias, atravessam a vila”.

“A variante à vila de Aljustrel constitui uma proposta determinante no ordenamento do perímetro urbano da vila e das importantes atividades económicas no seu entorno”, diz o autarca Carlos Teles

Em declarações ao “CA”, o autarca sustenta que “este é o tipo de investimento” que quer para Aljustrel, ou seja, “estruturante, pensado e alicerçado numa estratégia mais vasta”.

“A variante à vila de Aljustrel constitui uma proposta determinante no ordenamento do perímetro urbano da vila e das importantes atividades económicas no seu entorno. Isto é particularmente evidente, sabendo-se que a vila de Aljustrel, numa perspetiva das acessibilidades urbanas, não se encontra adaptada aos fluxos rodoviários que diariamente é obrigada a suportar, colocando em causa a segurança de pessoas e bens”, justifica.

Carlos Teles diz ainda além de minimizar “os impactes negativos decorrentes da circulação do tráfego, em especial do tráfego pesado dentro da malha urbana”, a nova via vai também “promover uma ligação em melhores condições de segurança entre Aljustrel e a EN2 e ligação à A2 e Litoral Alentejano”.

“Esta nova via é essencial, também, para facilitar o trânsito interno de transporte de minério entre as diversas infraestrutura da empresa mineira, bem como de outros produtos e materiais provenientes das diversas zonas de atividades económicas na periferia da vila”, acrescenta.

Tudo isto leva o presidente da Câmara Municipal a considerar que o arranque desta empreitada será “um momento muito importante para Aljustrel”.

“A implementação da variante produzirá alterações positivas e permanentes com tradução na dinâmica territorial, demográfica, económica e social”, conclui.

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Correio Alentejo

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