Uma nova plataforma de cidadãos vai entregar um documento à Comissão Técnica Independente para análise estratégica e multidisciplinar do novo aeroporto de Lisboa a defender o aeroporto de Beja como “solução sustentável” para o país.
“Nenhum alentejano diz que o aeroporto de Beja é para substituir o de Lisboa”, mas “tem condições para ser o complemento do aeroporto de Lisboa, através da ferrovia”, diz ao “CA” Manuel Valadas, da comissão dinamizadora da plataforma cidadã ‘Sim ao Aeroporto Internacional de Beja’.
A nova plataforma é apresentada publicamente esta sexta-feira, 27, pelas 11h30, na Casa do Alentejo, em Lisboa, e junta representantes de vários movimentos em defesa do Alentejo, tendo o apoio técnico de diversos especialistas.
Em comunicado, os promotores da iniciativa revelam que vão elaborar um memorando estratégico, a entregar à Comissão Técnica Independente, liderada por Rosário Partidário, até final de janeiro, “sobre a necessidade de incluir a utilização do Aeroporto Internacional de Beja como a solução sustentável e resiliente” para “responder às necessidades aeroportuárias do país”.
Segundo Manuel Valadas, o objetivo da iniciativa “é criar condições para que o aeroporto de Beja funcione”.
“E neste documento que vamos entregar [à Comissão Técnica Independente] dizemos como isso vai ser feito e o que é que pretendemos que isto represente para a região do Alentejo e para o país”, acrescenta ao “CA”.
Este responsável disse ainda que o aeroporto de Beja deve ser “um elo de desenvolvimento estratégico para a região”, nomeadamente como “plataforma para os negócios, para as exportações, para as pessoas e para as empresas da região”.
Para tal, Manuel Valadas pediu também o “apoio das câmaras municipais da região, do tecido empresarial e, fundamentalmente, das pessoas”.
“Porque a cidadania tem de fazer o seu trabalho e o Alentejo tem de ser capaz de trabalhar em conjunto”, conclui.