O Núcleo Empresarial da Região de Beja (NERBE) considera que a proposta de Orçamento de Estado (OE) para 2024 “fica aquém das expectativas e necessidades de empresas e particulares”.
Em comunicado enviado ao “CA”, o NERBE diz “reiterar as preocupações apresentadas pela Confederação Empresarial de Portugal (CIP)”, sublinhando que a redução do IRS prevista para o próximo ano “poderá ser insuficiente, visto ser expectável o aumento da carga fiscal total, através de impostos indiretos”.
“É previsível um estrangulamento sobre as empresas e as famílias, pois irá ocorrer a diminuição para 13% do IVA nos restaurantes, nos produtos como os sumos, os néctares e águas com gás, o que são medidas bem-recebidas, mas por outro lado, temos um aumento do IUC para carros anteriores a 2007”, argumenta.
Relativamente às empresas, o NERBE considera que “há falta de medidas dirigidas ao investimento e à capitalização das mesmas, como por exemplo o ‘estímulo fiscal ao reforço dos capitais próprios ou ao incremento do investimento – que consta na proposta de Pacto Social da CIP”.
A associação representativa dos empresários do Baixo Alentejo afiança ainda ser “premente” um estímulo às exportações, afirmando que a proposta de OE “não apresenta resposta a falta de competitividade das nossas empresas”.
“Achamos também que as medidas escolhidas para contrariar a travagem do PIB prevista para o próximo ano – um crescimento de 1,5% do PIB – é curto para as necessidades que atravessamos”.
O NERBE frisa ainda que as medidas apresentadas no OE “tem de permitir que se construa uma base sólida que permita aos portugueses aumentarem os rendimentos de forma clara, eficiente e sustentável”.