Ana Matos Pires é uma mulher apaixonante, desempoeirada, capaz e que não deixa nada por dizer. Lisboeta cosmopolita, pouco antes dos 50 aceitou o desafio de vir para Beja.
Exigente consigo mesma e incómoda para quem gosta de coisas “assim-assim”, meteu mãos ao trabalho e tornou o Serviço de Psiquiatra do Hospital de Beja numa referência nacional e isso, só por si, já é motivo mais que suficiente para nos orgulhamos de ter uma mulher como Ana Matos Pires no nosso território.
Filha de uma alentejana encontrou, e ainda encontra, um Baixo Alentejo muito conservador nos costumes e nas vivências do mundo, mas também no baixar de cabeça a muita coisa, na fraca participação societária e num encolher de ombros que a irrita profundamente.
É ela a responsável pelo facto de se ter aberto o internamento psiquiátrico em Beja e também é dela a responsabilidade por garantir idoneidade formativa no serviço de psiquiatria.
Ativista pelo direito à IVG, pelo direito ao casamento entre pessoas do mesmo sexo e da comunidade LGBTQIA+, Ana Matos Pires é uma pessoa que não deixar nada por dizer e que conseguiu positivamente intervir no nosso território, tornando-o melhor na sua área de atuação.
Veja aqui a entrevista com Ana Matos Pires.