Situado a poucos quilómetros de São Marcos da Atabueira (Castro Verde), é no Monte da Apariça que muitos turistas nacionais e estrangeiros “acantonam” em busca de dias de tranquilidade ou de poderem observar alguma da avifauna local.
“Nesta fase do ano, muitos turistas vêm pelo birdwatching. Mas também temos casais com filhos que vêm para passar dias descansados e relaxar! E isso também acontece muito com os portugueses que vêm no Verão, que chegam para recarregar baterias. Aqui é mesmo para desligar”, observa Alexandra Bobone, que juntamente com o marido Jorge gere a unidade turística do Monte da Apariça.
Tudo começou na Década de 90, quando Jorge Bobone começou a trabalhar os campos da herdade acabada de adquirir. “A parte agrícola foi desenrolando desde então e a parte do turismo surgiu mais tarde, quando deixámos de ter necessidade de uma casa para o caseiro. Arranjámos a casa e começaram a vir pessoas amigas, caçadores… Então fiz um projecto para diversificação da actividade na exploração agrícola e nasceu este projecto”, lembra Jorge.
Foi em 2013 que começaram a chegar os primeiros turistas e desde então o negócio não tem parado de crescer. “Do primeiro para o segundo ano duplicámos a facturação, do segundo para o terceiro aumentámos mais 50%, e do terceiro para o quarto voltámos a duplicar a facturação”, adianta Jorge Bobone, justificando estes números com o facto de o Monte da Apariça ficar “numa zona privilegiada” entre Castro Verde e o Parque Natural do Vale do Guadiana.
O Monte da Apariça tem capacidade para acolher quatro pessoas e duas crianças, mas de momento decorrem obras de ampliação para que no Verão possam ficar alojadas na unidade até oito adultos e quatro crianças em simultâneo. “As pessoas gostam de vir para aqui em família. Daí sentirmos esta necessidade de aumentarmos o espaço”, explica Alexandra Bobone.
A par do turismo, o Monte da Apariça continua a ter actividade agro-pecuária, nomeadamente a produção de vacas mertolengas e de vacas mertolengas cruzadas com charolesas, assim como de cavalos puro-sangue árabe, além de cereais. Tudo sem a ajuda do Apoio Zonal, que na opinião de Jorge Bobone não são favoráveis a explorações como a sua.
“O Apoio Zonal tem condições que são vantajosas para quem tem áreas pequenas. Para quem tem áreas grandes não é, porque o recebimento anual não é proporcional e tem as mesmas condicionantes”, justifica.
