Misericórdia de Almodôvar pede reforço de apoios para construir novo lar

O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Almodôvar (SCMA), Paulo Capela, espera que o Governo e o Instituto da Segurança Social possam rever, “em alta”, o valor do apoio a conceder para a construção do novo lar de Terceira Idade da instituição ou, caso contrário, a empreitada poderá não avançar.

A criação da nova Estrutura Residencial para Pessoas Idosas (ERPI) da SCMA, no edifício antigo Centro de Saúde de Almodôvar está avaliada em 2,1 milhões de euros, tendo garantido um apoio de 1,5 milhões de euros, através do Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais (PARES 3.0).

O projeto conta também com um apoio de 250 mil euros por parte da Câmara Municipal, cabendo à SCMA garantir o restante montante.

Contudo, o constante aumento dos preços das matérias-primas ao longo dos últimos meses levou a SCMA a pedir uma revisão do orçamento da obra, em novembro, que estima que a mesma custe agora 4,9 milhões de euros. Ou seja, mais 2,8 milhões que o valor inicialmente previsto!

“Há aqui uma diferença muito grande para a qual, neste momento, estamos à procura de uma solução para avançar. Mas podemos dizer que, neste momento, estamos numa posição muito difícil e aguardamos que as entidades oficiais nos digam como nos podem apoiar para podermos concretizar esta obra”, afiança ao “CA” o provedor Paulo Capela.

Segundo este responsável, a SCMA “não pode avançar” com uma obra com estes valores, para “não hipotecar o futuro da instituição”. “Para começarmos uma obra e ela nem chegar a meio não vale a pena e não há necessidade! Aguardamos que nos ajudem a encontrar uma solução. Nós estamos disponíveis para trabalhar e arranjar a nossa parte, mas é muito difícil”, afirma.

“Estamos numa posição muito difícil e aguardamos que as entidades oficiais nos digam como nos podem apoiar para podermos concretizar esta obra”, afiança o provedor Paulo Capela.

A situação já é do conhecimento do diretor distrital da Segurança Social de Beja, do presidente da Câmara de Almodôvar, da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e do presidente da União das Misericórdias Portuguesas.

Paulo Capela afiança que “se não houver um reforço de verbas das entidades oficiais”, a SCMA “não tem capacidade e não pode avançar” com a criação de uma nova ERPI.

“Mas uma coisa é certa: temos de fazer alguma coisa, porque o nosso lar já tem muitos anos e precisamos de fazer um novo ou fazer obras de reparação no atual. E neste momento estamos neste impasse! Mas se não houver, da parte das entidades oficiais, um novo apoio financeiro, não conseguimos avançar com a obra”, conclui.

O projeto da nova ERPI da Misericórdia de Almodôvar prevê uma “única área funcional” no edifício do antigo Centro de Saúde da vila, que será totalmente requalificado.

O espaço ficará com capacidade máxima para 60 residentes em 30 quartos, sendo 18 quartos duplos, seis quartos triplos e seis quartos individuais. Todos os quartos contarão com casa de banho e todo o edifício será totalmente acessível a pessoas com mobilidade reduzida.

No mesmo edifício irá ainda funcionar o centro de dia da SCMA, que terá uma capacidade máxima para 20 utentes, sendo que os espaços de refeições, convívio e atividades são partilhados com os residentes do lar.

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Correio Alentejo

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