Mina de Aljustrel reduz emissão de poeiras

Mina de Aljustrel reduz emissão de poeiras

A Almina, concessionária das minas de Aljustrel, conta ter concluídas até final deste ano de 2019 todas as intervenções programadas, no sentido de eliminar a emissão de poeiras para a malha urbana da vila. A garantia é dada ao “CA” pelo presidente da administração da empresa, estimando que seja assim resolvido um problema que tem levantado bastante celeuma na “vila mineira”.
“Pensamos que com estas intervenções o impacto [das poeiras] será completamente resolvido. Mas hoje já temos muito menos poeiras que tínhamos há anos atrás, não estamos a começar do zero”, afirma Humberto da Costa Leite, que acrescenta: “Somos uma empresa responsável e não queremos que as pessoas em Aljustrel possam ser incomodadas com poeiras que são sempre desagradáveis”.
Nesse sentido, continua este responsável, a Almina já plantou “850 árvores para criar uma cortina arbórea à volta da zona da lavaria”. “E estamos a fazer investimentos em termos operacionais na zona da britagem e na chegada do minério à superfície, seja por via do encapsulamento seja por via de equipamentos de captura de poeiras nos locais onde elas existem. É um processo que em termos de estudo está feito e que temos em implementação”, adianta.
Humberto da Costa Leite frisa que este é um investimento “de alguns milhões” de euros que incluirá, ainda, a pavimentação das estradas internas do complexo mineiro. “Ainda que não vindo dali muitas poeira, vamos também pavimentar para que não haja poeiras no ar”, justifica o gestor.
Para o presidente da administração da Almina, não há razões para a população de Aljustrel estar alarmada com a questão das poeiras provenientes da mina.
“Nós respeitamos a lei e operamos respeitando a legislação em vigor”, afiança Humberto da Costa Leite, para logo afirmar perentoriamente: “O ar que se respira em Aljustrel é seguramente melhor que o ar que se respira em outras cidades do país, nomeadamente Lisboa”.
Ainda assim, a Almina está empenhada nesta questão e prepara-se para criar uma Comissão de Acompanhamento do Ambiente, que terá 15 elementos (quase todos externos à empresa) e que será presidida pelo professor catedrático José Manuel Palma.
“Será uma comissão aberta e transparente, pois não temos nada a esconder. A empresa está lá representada como está a Assembleia Municipal, a Câmara Municipal, o Centro de Saúde e outras entidades”, antecipa Humberto da Costa Leite, esperando que a nova comissão, que será apresentada brevemente, seja “um interlocutor privilegiado com as forças locais e com a empresa”. “Queremos um ambiente de transparência total! Não queremos que a nossa actividade esteja a perturbar os habitantes de Aljustrel com questões que lhe causem preocupações”, advoga.
Sobre a polémica que o assunto das poeiras da mina causou em Aljustrel no último Verão, o presidente da Almina prefere não tecer grandes comentários, mas não deixa de vincar que, na sua opinião, esta foi uma questão “que se levantou por razões única e exclusivamente relacionadas com a vida política local”.

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Correio Alentejo

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