O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) libertou em Castro Verde, na passada semana, nove crias de tartaranhão-caçador ou águia-caçadeira, nascidas em cativeiro, com o objetivo de contribuir para a manutenção da espécie no Alentejo.
Em comunicado, o ICNF explica que a ação, em parceria com a Liga para a Proteção da Natureza (LPN), surgiu na sequência de um programa de resgate e salvamento de ovos e crias de tartaranhão-caçador, face ao declínio acentuado da espécie devido à diminuição da área utilizada com cereais de outono-inverno e de práticas agrícolas e pecuárias na última década.
“A maioria dos casais desta espécie [migradora] nidifica em searas, sendo essencial a colaboração dos agricultores na localização dos ninhos e alerta dirigido ao ICNF para a realização do resgate e salvamento de ovos e de crias”, salienta.
Neste âmbito, em agosto, foram libertadas quatro crias desta espécie e, a 25 de setembro, foram libertados outros cinco exemplares, num total de nove, explica o ICNF, acrescentando que, desde 2022, já foram libertados quase 60 exemplares de tartaranhão-caçador.