Greve em Neves-Corvo não ultrapassou 1% de adesão

A greve de quatro dias na mina de Neves-Corvo, no concelho de Castro Verde, devido à implementação de um novo modelo de rotação de turnos, terminou no sábado, 21, com uma adesão “inferior a 1%”, confirmou a empresa concessionária.

Fonte oficial da empresa Boliden Somincor revelou ao “CA” que a adesão à greve, realizada nos dias 16, 17, 20 e 21 de junho, foi, no total, “inferior a 1% do total de trabalhadores”, cifrando-se em “0,87%”.

Recorde-se que a 18 de junho, no balanço dos dois primeiros dias de paralisação, o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira (STIM), Albino Pereira, tinha reconhecido que os números de adesão à greve eram “baixíssimos”.

A greve na mina de Neves-Corvo foi convocada após a implementação, em 16 de junho, de um novo modelo de rotação de turnos, com quatro dias de trabalho seguidos de quatro dias de folga (4×4).

Segundo comunicado do STIM, esta decisão violou “o acordo de empresa que está em vigor” desde 2019, considerando ser “incompreensível que a empresa não atenda a maioria dos trabalhadores, o que revela a sua total falta de respeito e arrogância”.

Já o diretor-geral da Boliden Somincor, Gunnar Nyström, disse ao “CA”, a 6 de junho, que a empresa consultou os trabalhadores, “nos termos legalmente previstos”, sobre a alteração à rotação de turnos, que “está enquadrada no acordo de empresa que se encontra em vigor” e “cujo conteúdo foi oportunamente negociado” com o sindicato.

O gestor acrescentou que “a alteração da rotação de turnos para 4×4 é uma medida essencial para melhorar os índices de segurança da Somincor e para aumentar os níveis de produção da empresa, invertendo a tendência negativa verificada nos últimos anos”.

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