A greve iniciada nesta segunda-feira, 16, na mina de Neves-Corvo, no concelho de Castro Verde, devido à implementação de um novo modelo de rotação de turnos não tem causado grande impacto, devido a uma adesão praticamente residual por parte dos trabalhadores.
Contactada pelo “CA”, fonte oficial da empresa Boliden Somincor, concessionária da mina, revelou que a adesão à greve “foi de 1%” nos dois turnos de segunda-feira, 16, valor que baixou para cerca “de 0,5%” no turno iniciado na manhã do dia seguinte.
Também Albino Pereira, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira (STIM), que convocou a greve, reconheceu que os números de adesão à paralisação até ao momento “são baixíssimos”.
“Os trabalhadores têm muito receio desta nova administração, não sabem o que os espera e têm medo de ficar na greve”, disse ao “CA”.
Apesar da residual adesão, o responsável pelo STIM afirmou que a greve “é justificável”, mantendo-se o pré-aviso para esta sexta-feira e sábado, dias 20 e 21.
“O direito à greve é dos trabalhadores e faz quem quer. Ao contrário da empresa, que está a cortar direitos, nós nunca iremos tirar ao trabalhador o direito à greve”, acrescentou Albino Pereira