Dessalinizadora no Sudoeste Alentejano pode custar 200 milhões

A construção de uma central de dessalinização da água do mar na região do Sudoeste Alentejo poderá permitir o tratamento de 25 milhões metros cúbicos (m3) de água por ano e implicar um investimento na ordem dos 200 milhões de euros.

Os dados foram avançados, no final da passada semana, pelo presidente da AHSA – Associação de Horticultores, Fruticultores e Floricultores dos Concelhos de Odemira e Aljezur, Luís Mesquita Dias, durante uma conferência, na sede da Associação de Regantes do Mira, em Odemira, sobre os novos desafios da produção agrícola no Sudoeste Alentejano.

De acordo com o gestor, a AHSA encomendou um estudo prévio para a construção de uma central de dessalinização da água do mar na região, que terá capacidade para dessalinizar 25 milhões m3 de água/ano e implica um investimento de 200 milhões de euros.

A empreitada incluirá a construção de infraestruturas para levar a água dessalinizada às condutas do Perímetro de Rega do Mira, mas também até à barragem da Bravura, no concelho algarvio de Lagos.

“Estamos preparados para abrir um concurso para encontrar interessados na construção da dessalinizadora, prevendo-se que pelo menos uma parte da água vai estar disponível para ajudar a recarregar a barragem da Bravura. Portanto, pelo menos essa água deveria ser assegurada e comprometida pelo Estado”, disse Luís Mesquita Dias.

O presidente da AHSA acrescentou ainda que o estudo recomenda a localização da central “junto ao mar”, mas que também avaliou a possibilidade da sua localização “três quilómetros para o interior, fora do perímetro do Parque Natural do Sudoeste Alentejano”.

Esta localização representa “um custo adicional de 40 milhões de euros”, foi revelado.

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Correio Alentejo

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