Afinal de contas, no ano passado foram registados menos crimes no distrito de Beja, que continua a ser uma das regiões mais seguras do país! Os dados (ainda que provisórios) constam do Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) 2024, divulgado recentemente pelo Governo, após ter sido apresentado, no final de março, no Conselho Superior de Segurança Interna.
De acordo com o documento, consultado pelo “CA”, a criminalidade no distrito de Beja diminuiu 7,3% em 2024, com um total de 5.371 participações apresentadas às autoridades policiais, menos 425 que no ano anterior. Em termos percentuais, trata-se da segunda maior diminuição em todo o país (apenas atrás da registada em Lisboa), com Beja a ser o sexto distrito mais seguro de Portugal, apenas sendo superado por Bragança, Évora, Guarda, Portalegre e Vila Real.
Por concelhos, a criminalidade diminuiu em oito dos 14 municípios do distrito: Aljustrel (-6 participações), Barrancos (-10), Castro Verde (-15), Moura (-21), Odemira (-310), Ourique (-19), Serpa (-129) e Vidigueira (-62).
Beja continua a ser o concelho da região com maior número de participações (1.542), mais 71 que em 2023. Também em Almodôvar (+4), Alvito (+17), Cuba (+6), Ferreira do Alentejo (+19) e Mértola (+20) foram registados mais crimes participados em 2024 face ao ano anterior.
Também a criminalidade violenta a grave diminuiu no distrito de Beja em 2024, com uma redução de 4,7% face ao ano anterior.
Ao todo, foram registados 142 casos, menos sete que em 2023, continuando Beja a ser um dos distritos onde se registam menos casos deste tipo de criminalidade, apenas à frente de Bragança, Castelo Branco, Guarda, Viana do Castelo e Vila Real.
O crime mais participado na região em 2024 foi a ofensa à integridade física voluntária e simples, com um total de 368 participações. Ainda assim, este crime registou no ano passado uma diminuição de 11,1% na região.
Entre as participações mais frequentes seguem-se a violência doméstica contra cônjuge ou análogos (343 participações, -5,2%) e a condução de veículo com taxa de álcool no sangue superior a 1,2 g/l (326 participações, -36,2%).
Já entre a criminalidade violenta e grave, os mais participados foram os casos de resistência e coação sobre funcionários (34, -41,4%), seguindo-se os crimes de roubo na via pública exceto por esticão (27, +12,5%) e a ofensa à integridade física voluntária grave (19, -5%).
Os dados provisórios do RASI 2024 apontam ainda a sinalização de 57 vítimas de exploração e tráfico laboral no distrito de Beja, das quais 30 foram confirmadas. “As (presumíveis) vítimas são principalmente do sexo masculino (49) e nacionais estrangeiros (54), com destaque para nacionais da Índia (15), do Nepal (10), de Marrocos (9) e da Moldova (8)”, acrescenta o documento.