Criminalidade aumenta em Beja, mas distrito continua a ser seguro

A criminalidade aumentou 14,9% no distrito de Beja em 2021, com mais 561 crimes participados às autoridades ao longo dos últimos 12 meses. Os dados constam do Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) relativo a 2021, fazendo de Beja a região onde a criminalidade mais aumentou percentualmente no ano passado. Ainda assim, continua a ser quinto distrito “mais seguro” do país.

De acordo com o RASI 2021, já aprovado pelo Conselho Superior de Segurança Interna e consultado pelo “CA”, no ano passado foram registadas 4.321 participações de crimes em toda a região, mais 561 que em 2020, o que representa um aumento de 14,9%.

Apesar da subida exponencial, com menos participações que Beja só mesmo os distritos Portalegre (3.058), Bragança (3.140 participações), Guarda (3.462) e Évora (3.595).

Ainda assim, no que toca à criminalidade violenta e grave, Beja registou 84 participações, menos cinco que no ano anterior, a que corresponde uma quebra de 5,6%. Também aqui Beja é o terceiro distrito com os melhores resultados, apenas atrás de Bragança e Guarda (ambos com 56 participações registadas no último ano).

Por concelhos, Beja volta a ser o município com maior número de participações registadas, com um total de 968, mais 42 que em 2019. Segue-se o concelho de Odemira, com 788 participações (mais 83), e o de Moura, com 361 (mais 45). Abaixo das 100 participações de crimes em 2021 só mesmo o concelho de Barrancos (79).

O crime mais participado na região no último ano foi o de condução de veículo com taxa de álcool igual ou superior a 1,2g/l (329 participações, mais 47,5% que um ano antes), seguido dos crimes de ofensa à integridade física voluntária simples (322 participações, um aumento de 7,3%), e de violência doméstica contra cônjuge ou análogos (293 participações, mais 4,6%).

Entre os crimes que mais aumentaram percentualmente na região surgem ainda os de condução sem habilitação legal (mais 54,3%, num total de 213 participações), de furto de objeto não guardado (mais 44,1%, com 85 participações) e de difamação, calúnia e injúria (mais 33%, com 129 participações).

No que toca à criminalidade violenta e grave, os mais registados foram os de resistência e coação sobre funcionário (23 participações, menos 23% que em 2020), roubo na via pública (16), ofensa à integridade física voluntária grave e extorsão (ambos com 12 participações cada).

O RASI 2021 aponta ainda Beja com um dos dois distritos, juntamente com Évora, onde foram registadas mais investigações relacionadas com o tráfico de pessoas. De acordo com o documento, foram 34 as vítimas identificas, na sua maioria homens e trabalhadores na agricultura. Entre as vítimas contabilizaram-se 11 cidadãos da Moldova, seis da Roménia, cinco da Índia e três da Serra Leoa, assim como nove provenientes de mais seis países, protegidos por “segredo estatístico”.

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Correio Alentejo

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