A Distrital de Beja do PSD foi a votos e o resultado foi concludente: uma vitória esmagadora da lista liderada por Gonçalo Valente, que somou a preferência de cerca de 80% dos militantes que foram às urnas, em detrimento da equipa apresentada por Marciano Lopes, fundador do partido na região e um dos seus “históricos” do período “cavaquista”, mas que nunca chegou à ambicionada liderança da Distrital.
A vitória de Gonçalo Valente não oferece dúvidas e a sua magnitude até pode ajudar a sarar algumas “feridas” que sempre se abrem numa disputa interna. Sobretudo nesta, que foi claramente bipolarizada, colocando o “passado” de um lado da barricada e o “futuro” do outro lado. E o PSD no distrito de Beja bem que precisa de alguma tranquilidade e estabilidade, depois de dois anos sob a liderança de João Guerreiro que deixam poucas saudades entre sociais-democratas. Ainda mais numa altura em que há duas eleições nacionais no horizonte: Europeias em Maio e Legislativas em Outubro.
É por tudo isto que a tarefa que o novo líder do PSD tem pela frente é hercúlea para recuperar um partido que se encontra num labirinto, em busca de escapatória para a situação em que se deixou cair no distrito de Beja: quase sem representação autárquica, desligado da sociedade civil e sem ideias concretas para a região.
Se Gonçalo Valente conseguir inverter este quadro será, seguramente, uma boa notícia para o PSD mas também para o distrito de Beja, que precisa de todos para, com espírito democrático, ultrapassar os enormes desafios que tem pela frente.
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