Os dados chegaram no final da passada semana, quase sem ninguém dar por eles. De acordo com o estudo “Ageing Europe 2019”, divulgado a 18 de Outubro pelo Eurostat, o envelhecimento da população vai acelerar mais em Portugal do que noutros países no futuro próximo. O relatório indica mesmo que em 2050, ou seja, daqui a três décadas, Portugal vai ser o país mais envelhecido de toda a União Europeia, com 35,1% da sua população com 65 ou mais anos (acima da média europeia, que será de 28,5%). Pior: daqui a 30 anos 47,1% da população portuguesa terá 55 anos ou mais.
Estes são números que devem suscitar alerta entre todos nós, enquanto comunidade. Há muito que sabemos que a nossa pirâmide etária está invertida, mas a estimativa do Eurostat coloca o “dedo na ferida” e comprova uma evidência há muito sentida (sobretudo em territórios do interior, como o Baixo Alentejo): é preciso rejuvenescer a nossa população. Porque um povo sem jovens é um povo sem futuro, condenado a uma morte lenta à medida em que as sucessivas gerações vão sendo cada vez mais reduzidas.
Por tudo isto, não há tempo a perder. E exige-se que sejam criados, tanto no plano nacional como a nível local, mecanismos que possam ajudar a contrariar esta tendência. Como? A resposta está longe de ser simples, mas terá necessariamente de passar por uma política efectiva que incentive o aumento da natalidade, assim como criar as condições para que ter filhos não seja um “risco”. Ou se age agora ou lamentaremos (ainda mais) no futuro.
PS exige medidas de apoio “urgentes” para produtores de ovinos
O PS defende que o governo avance com a “adoção urgente” de medidas de apoio aos produtores e criadores de ovinos, devido aos prejuízos causados