Pessimismo ou optimismo?

Há 12 meses atrás o novo ano que se aproximava enchia-nos de ilusões. A acompanhar a iminente chegada de 2020 vinham expectativas de uma nova década plena de crescimento em Portugal (e no mundo), assentes na estabilização da economia mundial “à boleia” de sectores como o turismo e as novas tecnologias, proporcionando um clima social como há muito não se vivia.
Mas aquele que era um balão insuflado de optimismo rapidamente ficou vazio a partir do mês de Março, com a “entrada em cena” de um novo vírus, que trouxe consigo uma pandemia e arrastou o mundo para um cenário de medo, insegurança e de receio, além – obviamente – de uma profunda recessão social e económica.
Desde então, perspectivar o que quer que seja relativamente ao futuro é um exercício tão exacto quanto esperar que a nossa chave do Euromilhões seja a contemplada. As dúvidas continuam a ser mais que muitas face a um vírus que está longe de estar controlado e que reconfigurou por completo a nossa maneira de viver e interagir enquanto comunidade.
Com tudo isto, que podemos então esperar de 2021? Apesar da vacina estar a chegar a Portugal, o caminho continua a ser uma bifurcação entre o pessimismo que nos é genético e a esperança que queremos agarrar.
Acreditamos genuinamente que a “esperança” continua a ser a melhor opção a tomar, não obstante os escolhos que (ainda) temos pela frente. E temos a convicção que 2021 será, acima de tudo, o ano daquilo que mais desejamos: o ano em que poderemos retomar a vida de outrora, conscientes que o futuro será inevitavelmente muito distinto daquele que prevíamos há um ano. Porque o ano de 2020 foi, seguramente, uma lição para grande parte de nós. Saibamos agora aproveitar esses ensinamentos em prol daquilo que faz realmente sentido…
E uma vez que este é o último “CA” de 2020, ficam os votos de boas festas da nossa equipa para todos os leitores, anunciantes e amigos deste jornal. Voltamos a encontrar-nos em 2021!