Os s últimos meses de pandemia, que redundaram em confinamentos, limitações na circulação de pessoas e bens e encerramento de fronteiras, colocaram a nu algumas das nossas limitações. Tanto no plano pessoal, como enquanto comunidade! Foram tempos complicados, vividos na incerteza do presente e sempre numa tentativa de nos equilibrarmos “no arame”. Poucos meses bastaram para que o que era dado por garantido deixasse de o ser e que as dúvidas se sobrepusessem a tudo o resto.
Nestas semanas da Covid-19 todos nós passámos por muito. Um período que, certamente, nos ajudou a avaliar o real valor das coisas e a olhar com outros olhos para a forma como a nossa sociedade estava organizada, para as suas inter-ligações e dependências.
Vem isto a propósito da realidade da agricultura em Portugal e, sobretudo, no Baixo Alentejo. Porque se antes do coronavírus isso pouco ou nada importava para a grande generalidade dos portugueses (e baixo-alentejanos), de um momento para o outro apercebemo-nos da importância que é ter (ou não) um sector agrícola estruturado, capaz de produzir a fornecer a cadeia alimentar nacional, tornando-nos auto-suficientes relativamente aos produtos vindos do estrangeiro.
Quer isto dizer que a pandemia veio reforçar a convicção de que Portugal tem de ter um sector primário forte. O que passa, desde logo, por todos nós, comprando preferencialmente o que é nacional em detrimento do que vem de fora. Mas também depende (muito) das entidades que tutelam a área, através do reforço de mecanismos que permitam uma consolidação efectiva da actividade. E isso em todas as suas variantes, desde o regadio ao sequeiro!

GBH e Onslaught no Mira Fest em Odemira
Os britânicos GBH e Onslaught, assim como os portugueses Mata Ratos e Corpus Christii, são algumas das bandas confirmadas na edição deste ano do Mira