Oportunidades de uma reserva

Carlos Pinto

director do correio alentejo

O concelho de Castro Verde acaba de ser classificado pela Unesco, através do programa “Man & Biosphere”, como Reserva da Biosfera. Uma distinção justificada pelo facto de estarmos perante “um eco-sistema humanizado de alto valor natural”, como apresentado na candidatura apresentada pela autarquia, pela Associação de Agricultores do Campo e pela Liga para a Protecção da Natureza. E um prémio para todos aqueles – com agricultores e ambientalistas à cabeça – que souberam ao longo das últimas duas décadas, exemplarmente, pugnar pela manutenção de uma realidade ondem Homem e Natureza coabitam em plena harmonia.
Mas depois dos festejos, o momento deve ser de encarar o futuro com olhos de ver. De traçar novas metas e desígnios de forma pragmática. E perceber quais os caminhos a percorrer no sentido de esta classificação atribuída pela Unesco se reflectir de forma efectiva na vida dos castrenses e contribuir para a economia local com outra assertividade.
E parece óbvio que um desses caminhos pode (e deve) ser o do turismo. Não um turismo de massas, mas um turismo vocacionado para o ambiente e para as actividades ligadas à natureza e ao desporto. Um turismo capaz de atrair visitantes de todo o mundo durante os 12 meses do ano. Um turismo capaz de seduzir os turistas que têm maior poder de compra e que privilegiam a qualidade em detrimento da quantidade. Esta é, indubitavelmente, uma das oportunidades trazidas pela nova Reserva da Biosfera. Assim se saiba aproveitá-la.

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