O Nosso pior pesadelo!

Sexta-feira, 22 Janeiro, 2021

Carlos Pinto

JORNALISTA | DIRECTOR DO "CA"

No dia de fecho desta edição do “CA”, quarta-feira, 20 de Janeiro, o boletim diário da Direcção Geral da Saúde (DGS) sobre a Covid-19 em Portugal assinalava 219 óbitos, o maior registo desde o início da pandemia. A este número juntava-se ainda outro máximo, o de 14.647 novos casos positivos de Covid-19 nas últimas 24 horas (“compensados” por 6.493 recuperados), assim como um total de 5.493 doentes internados.
Mesmo para aqueles que negam a evidente perigosidade deste vírus, estes são, sem dúvida, números assustadores e que demonstram bem o verdadeiro “estado de emergência” que (quase) todos os hospitais do país actualmente enfrentam.
Veja-se o caso do Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, onde todas as camas para doentes Covid estão ocupadas, apesar da capacidade de internamento para este tipo de pacientes ter sido duplicada na última semana. Pior: o cansaço e a “exaustão” são cada vez maiores entre os profissionais de saúde desta unidade, como reconhece o director clínico do hospital, José Aníbal Soares, numa desassombrada entrevista publicada nesta edição do “CA” [ver página 4].
Depois de termos festejado a partida de 2020 com esperança, o ano de 2021 está a trazer-nos um verdadeiro “pesadelo”. Por isso, mais que tudo – e mesmo que sendo repetitivo –, fica o apelo: está na consciência e na acção de cada um nós fazer com que isto acabe bem. Caso contrário, o pior ainda poderá estar para vir.

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