O estado da estradas

Carlos Pinto

director do correio alentejo

Existe um ditado – bem antigo, por sinal – que alerta que “mais vale prevenir que remediar”. Ou seja, já os nossos antecessores sabiam que determinadas situações e/ou problemas podiam ser evitados se houvesse uma boa dose de bom senso que antecipasse o que estava para vir e cortasse os males pela raiz. Curiosamente, nos tempos que correm, há ainda muito boa gente que parece não levar em conta esta velha máxima da sabedoria popular, preferindo “enterrar a cabeça na areia” a trabalhar no sentido de encontrar soluções para problemas que irão chegar…
Atente-se, por exemplo, no estado a que chegaram as nossas estradas. Olhe-se para a EN2 [ver página 5 desta edição do “CA”], no troço que liga Aljustrel a Castro Verde: buracos atrás de buracos numa via com intenso tráfego de pesados com minério e utilizada diariamente por centenas de condutores (para não falar de ambulâncias em situações de emergência). Mas há mais: a EN 263 entre Santa Luzia e Odemira, a EN 123 de Garvão a São Martinho das Amoreiras, a EN 121 na zona de Beringel ou a EN 18 entre Beja e Santa Vitória.
Todas estas vias apresentam diversos problemas, todos eles denunciados atempadamente por condutores, populações e autarcas. Ainda assim, pouco ou nada a Infra-estruturas de Portugal (IP) fez para que os mesmos fossem resolvidos, deixando que estas situações se agravassem com o passar do tempo, com todos os riscos de segurança inerentes. Ao contrário do que diz o ditado, aqui a IP não preveniu. E quando tiver de remediar o custo será muito maior…

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