Desde há quase um ano que, por culpa do coronavírus SARS-CoV-2, as nossas vidas sofreram uma reviravolta de quase 180 graus. Hoje é por demais evidente que a pandemia da Covid-19 veio colocar-nos a todos à prova, enquanto cidadãos e também como comunidade, colocando desafios individuais e colectivos que poucos ousaram prever.
Ao longo destes meses, com maior ou menor custo, lá tivemos de nos adaptar ao distanciamento social, ao uso de máscara, ao confinamento (quase) obrigatório e a todo um novo léxico. Também os encontros de famílias deixaram de ser possíveis e os almoços ou jantares de amigos muito menos. Muito do trabalho passou a ser feito a partir de casa, as aulas também passaram a ser à distância, pelo computador, e boa parte das empresas tiveram mesmo de suspender a sua actividade (sendo que muitas delas dificilmente reabrirão portas).
Por tudo isto, e por ninguém prever uma situação do género, muitas famílias e empresários foram apanhados desprevenidos, ficando desprotegidos perante uma crise sanitária que, rapidamente, se tornou também numa crise económica.
Esta realidade exigiu respostas rápidas e céleres. E, neste caso em concreto, há que dar os parabéns pela capacidade que as câmaras municipais de todo o distrito de Beja (e também do país) tiveram para acudir a todas as solicitações, indo, bastas vezes, muito para além das suas competências para não deixar de dar uma resposta cabal e capaz às necessidades das populações.
Os exemplos são mais que muitos: da isenções de pagamentos a famílias e empresas a apoios a fundo perdido para empresários, das campanhas de incentivo ao consumo no comércio local à atribuição de subsídios extraordinários a IPSS e outras associações, da oferta de material de protecção e desinfecção até à assunção do pagamento de testes à Covid-19 a bombeiros, utentes e funcionários de lares, professores e funcionários não docentes…
A lista de acções dinamizadas pelas câmaras municipais nestes longos 11 meses é vasta e comprova bem a necessidade de termos Poder Local. E, acima de tudo, reforça a convicção que uma organização do território com uma visão mais regional é capaz de ser bem mais eficaz que todos os planos gizados única e exclusivamente a partir de Lisboa.

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